Teses e Dissertações

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    Relações alométricas entre aspectos biométricos e profundidade dos ninhos da tartaruga-da-Amazônia Podocnemis expansa – Schweigger, 1812 na Área de Proteção Ambiental Meandros do Rio Araguaia, GO/MT.
    (2011) Barros, Célia Maria de Oliveira; Lustosa, Ana Paula G.; Balestra, Rafael A. Machado
    A ordem Chelonia abrange os quelônios terrestres, marinhos e de água doce. A família Podocnemididae reúne três gêneros, entre eles o Podocnemis, constituído por seis espécies. A tartaruga-da-Amazônia (Podocnemis expansa) é o maior quelônio de água doce da América do Sul. Possui uma ampla distribuição nas bacias do Orinoco, Essequibo e no maior sistema de rios do mundo, a bacia Amazônica. Este trabalho teve como objetivo estudar as relações alométricas entre o tamanho de fêmeas de tartaruga-da-Amazônia com a profundidade do ninho, tamanho da ninhada e sucesso de eclosão. O trabalho foi realizado na Área de Preservação Ambiental Meandros do Araguaia, entre os estados de Goiás e Mato Grosso, nos meses de outubro, novembro e dezembro dos anos de 2009 e 2010. Foram obtidos os dados biométricos (peso e comprimento da carapaça) e a profundidade dos ninhos para as fêmeas capturadas, e anotado o tamanho da ninhada. As fêmeas capturadas apresentaram um peso médio de 24,61 Kg ± 5,06 (amplitude 17 – 38 Kg) e um comprimento médio da carapaça de 65,45 ± 3,64 (amplitude 58 – 74 cm). Apesar da massa corpórea da fêmea ser uma boa variável para estimar o comprimento da carapaça, não foram encontradas relações entre o tamanho da fêmea e as variáveis: profundidade do ninho, tamanho de postura e sucesso de eclosão. Fêmeas menores podem construir ninhos tão profundos quanto fêmeas maiores, assim como depositar quantidades similares de ovos e obterem um sucesso de eclosão semelhante.
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    Manejo conservacionista de tracajá Podocnemis unifilis Troschel, 1848 no Alto Xingu
    (2012) Lopes, Natália Yoshimura; Balestra, Rafael A. Machado
    Estudo realizado entre 2008 e 2011 no Parque Indígena do Xingu, objetivando caracterizar aspectos reprodutivos locais de Podocnemis unifilis. A média de ovos por ninho foi de 16 unidades, o tempo médio de incubação foi de 76 dias e a predação de ovos e filhotes foi de 41%. A proteção e o manejo conservacionista com a participação comunitária são prioritários para recuperação dessa espécie na região.
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    A conservação da tartaruga-da-Amazônia em unidades de conservação no Médio Rio Araguaia.
    (2014) Moreira, Paula Kamila Fonseca Neto; Silva, Wilian Vaz; Balestra, Rafael A. Machado
    Podocnemis expansa (tartaruga-da-Amazônia) é o maior quelônio de água doce da América do Sul e culturalmente sofre pressão cinegética por parte da população ribeirinha. Este estudo analisa dados obtidos em dois períodos nas décadas de 1980 e 2000 no manejo reprodutivo de P. expansa no PARNA Araguaia e na APA Meandros do rio Araguaia. Os resultados evidenciam diferença estatisticamente significativa apenas para o número de ovos violados no período de 2002 a 2006 nas duas Unidades de Conservação. Vários fatores estão relacionados como a predação natural, ações de manejo incorretamente desenvolvidas e pressão antrópica. O melhor planejamento das ações a serem implementadas deve ser um fator a ser considerado nas atividades de manejo reprodutivo da espécie nas UCs avaliadas.
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    Aspectos reprodutivos e manejo conservacionista da tartaruga-da-Amazônia Podocnemis expansa Schweigger, 1812 (Chelonia, Pelomedusidae), nas áreas de atuação do Projeto Quelônios da Amazônia.
    (2010) Ribeiro, Naiara Cristina de Souza; Balestra, Rafael A. Machado
    O Brasil possui 36 espécies de quelônios ocorrentes em seus diversos ecossistemas terrestres e aquáticos. Dentre as de água doce, 16 espécies são encontradas na Amazônia brasileira, reunidas em 5 Famílias. A ovipostura ocorre normalmente à noite, porém há exceção para esse padrão, como ocorre com a tartaruga-da-Amazônia (Podocnemis expansa), no Médio Rio Xingu, em que a desova em alguns sítios reprodutivos ocorre pela manhã; a natureza dos ovos varia de córneo a calcário. Para o gênero Podocnemis, sabe-se que a determinação do sexo está relacionada à temperatura de incubação dos ovos, em que o condicionamento dos ninhos às temperaturas médias mais elevadas geram fêmeas e, o contrário, origina machos. Em 1990, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), instituiu no Centro Nacional dos Quelônios da Amazônia (CENAQUA), com finalidade de promover a elaboração e implementação de pesquisas, programas, projetos e ações voltadas à conservação dos quelônios da Amazônia brasileira. Os dados sobre o monitoramento da biologia reprodutiva e do manejo realizado pelo Projeto Quelônios da Amazônia (PQA), desde 1985 até 2008, apresentados e discutidos neste trabalho, foram compilados e analisados sob forma de revisões dos relatórios anuais de atividades do PQA, nos Estados onde o Projeto é conduzido e ainda, na literatura especializada. Analisando os relatórios anuais de atividades do PQA observa-se que os mesmos não atendem os quesitos definidos pelo RAN (Centro de Conservação e Manejo de Répteis e Anfíbios), com raras exeções, eles se, pautam pela extensa descrição textual, apresentando dados quantitativos brutos, quase sempre esparsos ao longo do texto, constituindo-se relatórios numéricos incompletos
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    Aspectos Reprodutivos da tartaruga-da-Amazônia Podocnemis expansa (Schweigger, 1812) (Testudines, Podocnemididae) na Área de Proteção Ambiental Meandros do Rio Araguaia.
    (2018-04-24) Lustosa, Ana Paula Gomes; Alves Júnior, José Roberto Ferreira; Malafaia, Guilherme; Instituto Federal Goianio; Alves Júnior, José Roberto Ferreira; Santos, Adriana Silva; Vieira, Lucelia Gonçalves
    Este conteúdo aborda os aspectos reprodutivos da tartaruga-da-amazônia (Podocnemis expansa) na Área de Proteção Ambiental Meandros do Rio Araguaia. O estudo analisou a relação alométrica entre a biometria das fêmeas e a profundidade dos ninhos, além de registrar o número de ovos durante as amostragens.
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    Estratégias para o manejo do teiú (Salvator Merianae), um lagarto invasor no Arquipélago de Fernando de Noronha, PE, Brasil.
    (Biblioteca digital USP, 2019-03-03) Abrahão, Carlos Roberto; Dias, Ricardo Augusto; Universidade de São Paulo; Dias, Ricardo Augusto; Heinemann, Marcos Bryan; Rocha, Carlos Frederico Duarte da; Sampaio, Alexandre Bonesso; Silva, Jean Carlos Ramos da
    Fernando de Noronha é um arquipélago oceânico localizado a 345 km da costa brasileira, habitado desde o século XVII. Sua economia é baseada no turismo, que tem apresentado rápido crescimento nas últimas décadas. Este ecossistema único é reconhecido como Patrimônio Mundial pela Unesco e é um sítio Ramsar. Toda sua extensão terrestre e grande parte da área marinha ao seu redor é protegida por duas unidades de conservação federais, sob tutela do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade. Existem pelo menos 15 espécies de plantas e animais nativos oficialmente ameaçadas de extinção, algumas destas endêmicas do arquipélago. Dentre as 22 espécies de animais e plantas invasoras conhecidas em Fernando de Noronha, o teiú (Salvator merianae) constitui um grande risco à fauna nativa por ser um predador oportunista de grande porte. O potencial impacto do teiú é reconhecido e seu manejo é previsto pelas unidades de conservação do arquipélago. O teiú se encontra presente em altas densidades na ilha principal tendo sido também registrados indícios de sua presença ao menos na Ilha Rata. A densidade de teiús encontrada em Fernando de Noronha foi de 13,8±3,9 animais por hectare em uma área não habitada e com vegetação relativamente preservada e de 4,0±1,1 animais por hectare numa área pouco habitada. O número estimado de indivíduos atualmente vivendo na ilha principal variou entre 6.906 a 12.270 indivíduos adultos. A área de vida estimada foi de 10,5 (7,3- 15,3) ha para ambos os sexos. A probabilidade de captura foi de 0,24±0,06 animais/armadilha/dia na área, com 4 animais/ha, sendo influenciada pelo tamanho dos indivíduos. O teiú também constitui um potencial risco à saúde pública do arquipélago, por serem portadores da bactéria Salmonella entérica, isoladas em 56,9% dos animais capturados e em 70,5% dos pontos amostrados. Ao menos 15 sorotipos foram determinados por métodos moleculares para esta população. Para propor formas de manejar esta espécie em Fernando de Noronha, foram criados modelos de viabilidade populacional com diferentes cenários de manejo por 10 anos. Nos cenários sem manejo, a população de teiús não se extingue ao longo de 30 anos. O aumento das probabilidades de extinção é proporcional ao aumento da intensidade de manejo, tanto nos cenários que consideram a população de toda a ilha principal (A) quanto nos cenários que consideram parte desta população numa área de 214 ha (B). A remoção anual de 20% dos indivíduos adultos seria suficiente para gerar cenários de extinção da população. Com a remoção anual de 50% dos indivíduos adultos, a probabilidade de extinção seria de 54% e a média do tempo para a extinção estaria entre 5,2 e 5,4 anos de manejo, demonstrando que o controle desta espécie é possível em Fernando de Noronha, se os métodos de captura e esforço forem 16 adequados. O manejo em uma pequena área (C) de 2,14 ha poderia ser feito em apenas 13 dias utilizando-se 10 armadilhas. Na área B (que inclui a área C), o manejo de maior intensidade poderia ser realizado em 44 dias por ano, durante quatro anos, utilizando 258 armadilhas. As recomendações incluem o aumento gradativo da área manejada, o uso de manejo adaptativo, o envolvimento da sociedade e o sinergismo com outros esforços de manejo de espécies invasoras na área ambiental e de saúde pública. Este estudo fornece a base científica para um programa de manejo com objetivo de conservar a biodiversidade e de melhorar a saúde pública em Fernando de Noronha.
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    Uso do habitat em três espécies simpátricas de crocodilianos (Crocodylia, Alligatoridae) na Reserva Extrativista do Rio Ouro Preto, Amazônia.
    (2020-05-29) Silva, Karen Carolina da; Leitão, Rafael Pereira; Coutinho, Marcos Eduardo; Universidade Federal de Minas Gerais; Amaral, João Henrique Fernandes; Filogonio, Renato
    O uso do habitat por espécies simpátricas está relacionado à divisão efetiva do habitat de acordo com o comportamento e preferência de cada uma das espécies. Para jacarés, características hidrodinâmicas, variação de temperatura, e a paisagem do entorno dos ecossistemas aquáticos podem influenciar a diferença na distribuição espacial. Além disso, características particulares de cada espécie, como tamanho do corpo e estágio da história de vida, estão relacionados à utilização de habitats específicos. Nesse contexto, investigamos como características do habitat influenciam a distribuição espacial de três espécies de crocodilianos: Caiman crocodilus, Melanosuchus niger e Paleosuchus palpebrosus, na Amazônia ocidental, e se há diferença na distribuição espacial de diferentes estágios de vida dessas espécies. Além disso, analisamos fatores que afetam a detectabilidade de crocodilianos e propomos um índice de monitoramento da densidade de crocodilianos a partir das características ambientais. Para isso, relacionamos características hidrodinâmicas do corpo d’água (lótico e lêntico), da paisagem (floresta, gramíneas e banco de areia), variação de temperatura, período e nível de água, com as densidades das espécies e de suas classes de tamanho. Encontramos que as espécies respondem de maneira diferente às variações no ambiente, sendo essas diferenças determinadas por comportamentos e morfologias diferentes entre as espécies. Também observamos diferenças intraespecíficas que podem estar relacionadas ao tipo de ambiente aquático. Com resultados de ecologia de ninho de P. palpebrosus e da biometria de animais capturados, ressaltamos a importância do conhecimento de informações básicas sobre as espécies, como áreas de nidificação, tamanho da ninhada, biometria e a coexistência das espécies. Essas informações são importantes para subsidiar ações de conservação e manejo de crocodilianos a curto e longo prazo em Unidades de Conservação.
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    ESTRUTURA POPULACIONAL E ECOLOGIA DA NIDIFICAÇÃO DO JACARÉ-AÇU MELANOSUCHUS NIGER (SPIX, 1825) NA RESERVA EXTRATIVISTA LAGO DO CUNIÃ –RONDÔNIA, BRASIL
    (2021-05-24) Do Val, Helena Gurjão Pinheiro do; Rodrigues, Flávio Henrique Guimarães; Coutinho, Marcos Eduardo; Universidade Federal de Minas Gerais; Leitão, Rafael Pereira; Passos, Luiza Figueiredo
    A ecologia e dinâmica de populações estudam como populações naturais oscilam em escalas espaço-temporais em função de taxas de natalidade, mortalidade e dispersão. Estes aspectos alteram a abundância dessas populações em áreas e tempos específicos e são importantes fatores para determinar se uma população está em crescimento, manutenção ou declínio. Para viabilizar o manejo sustentável de populações naturais, é necessário obter informações básicas sobre as espécies manejadas, tais como tamanho populacional, recrutamento, estrutura e razão sexual das populações. Nesta dissertação, estudamos aspectos relacionados à estrutura populacional, como abundância, densidade, distribuição, estrutura de tamanho e razão sexual de crocodilianos na Resex Lago do Cuniã/RO. E relacionados à fecundidade das fêmeas reprodutoras, como tamanho das ninhadas, ecologia de nidificação e razão sexual da prole gerada em 2019. Para tanto, foram realizadas contagens noturnas, captura, biometria e sexagem de indivíduos, busca ativa de ninhos e monitoramento de uma fêmea reprodutiva. A partir das contagens foi estimada uma elevada abundância de crocodilianos na ordem de 19 mil indivíduos, de duas ou mais espécies em simpatria. O aporte populacional de adulto-jovens difere entre C. crocodilus e M. niger, podendo interferir na dinâmica populacional das espécies. Apesar de simpátricos, há segregação entre C. crocodilus e M. niger devido a preferências ambientais distintas. A razão sexual de 2:1 M/F para M. niger sugere um elevado potencial reprodutivo para a população. Quanto à reprodução, foram encontrados dezenove ninhos distribuídos em três corpos d’água na Resex. A razão sexual esperada em função da temperatura do ninho corrobora o obtido para a amostra de adultos estudados. Foi encontrada grande variabilidade para massa, largura e comprimento dos ovos. Ao contrário do achado para outras espécies de crocodilianos, não foram localizadas relações entre as características biométricas das ninhadas de jacaré-açu, como largura, comprimento, massa e número de ovos. A análise de área de vida de uma fêmea reprodutora resultou em uma área de 101,6 ha, mas não foi possível concluir sobre o cuidado parental do ninho. Tais informações são importantes para compreender como as espécies se relacionam com o ambiente em que estão inseridas de modo a subsidiar ações de manejo sustentável e conservação das espécies na Reserva Extrativista Lago do Cuniã.