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Item 1º relatório do Estudo ambiental complementar da área de abrangência do aqüífero karst-norte da região metropolitana de Curitiba(SANEPAR, 2006) SANEPARO presente volume apresenta o primeiro relatório o qual compreende os estudos do diagnóstico da situação atual e futura de explotação do aqüífero karst pela Sanepar; e a avaliação dos aspectos legais referentes a recursos hídricosItem ANÁLISE DO USO, COBERTURA DA TERRA E GERAÇÃO DE ESCOAMENTO COM BASE NO MODELO HIDROLÓGICO SOIL AND WATER ASSESSMENT TOOL (SWAT) COM PAISAGEM CÁRSTICA NO ALTO DA BACIA DO RIO CORRENTE(GO)(2022) ARAÚJO, LUDMAGNA PEREIRA DE; Laranja, Ruth Elias de Paula; Souto, Michael Vandesteen Silva; Amaro, Venerando Eustáquio; Souza, Ioneide Alves de; Franca, Rafael Rodrigues da; Nascimento, Roselir de OliveiraEntender como a hidrologia é influenciada pelas alterações do uso da terra, tem sido muito discutido ao longo dos anos no que tange a predição dos efeitos de mudanças em pequenas bacias experimentais. Com base nessa premissa e, por meio de simulações, este trabalho avaliou a aplicabilidade do modelo hidrológico Soil and Water Assessment Tool (SWAT) para investigar sua confiabilidade e analisar o impacto das mudanças de Uso da Terra/Cobertura do Solo (LULC) sobre a hidrologia durante o período de 1985 e 2019 na porção alta da Bacia do Rio Corrente (ABRC). O padrão espacial do Escoamento Superficial (SURq), de Subsuperfície (GWq) e Evapotranspiração (ET) foram quantificados em trinta e cinco (35) subbacias, assim como correlacionando positivamente tais componentes hidrológicos com mudanças do LULC em altos níveis de confiança. As distinções geomorfológicas de infiltração rápida pelas fraturas das rochas calcárias, aliado a distribuição de áreas antrópicas sob a cobertura vegetal têm efeitos notáveis e.g., no runoff superficial, como é o caso das terras agrícolas, de pecuárias, urbanas e; no runoff de subsuperfície e das terras de florestas. Os resultados encontrados para a bacia permitiram concluir que: 1) a diferença espacial era óbvia na cota entre 740 a 900mm onde o gradiente era de 59%, um SURq médio na ordem de 140mm no período simulado de 2019 e 300mm no período de 1985. 2) a bacia apresentou um rico GWq, cerca de 2 a 3 vezes que o SURq. Essas diferenças são características em relevos com feição cárstica. As características de distribuição da vegetação em áreas antropizadas têm efeitos minimizadores no GWq, como é o caso das terras agrícolas, de pasto e urbanas e maximizadoras nas terras vegetadas (florestas); 3) que houve aumento do SURq em terras destinadas ao pasto, cerca de 11% e a diminuição de terras agrícolas e de florestas, cerca de 7% cada, foi o principal fator de um impacto negativo na bacia, pois reequilibra outros processos hidrológicos. 4) como o terreno é um fator significativo que contribui para o efeito do controle macroscópico de funcionamento da geração do escoamento, o escoamento superficial total e o GWq aumentaram significativamente com elevação e inclinação crescentes e; 5) que houve diferenças espaciais entre a área de formação savânica a montante da bacia e a cultura canavieira a jusante, na área de descarga, por sua vez o SURq apresentou um ponto de viragem devido à influência da vegetação. O estudo permitiu concluir ainda que o volume do runoff de subsuperfície médio simulado é maior na região da Área de Proteção Ambiental (APA) das Nascentes do Rio Vermelho (ANRV) e, o runoff superficial é superior no Sudeste e menor no Nordeste da bacia. A ABRC carece de um gerenciamento intensivo nas áreas com feição cárstica com uma política intensiva de boas práticas de manejo. Desta forma, pode-se afirmar que o estudo fornecerá uma base teórica para bacia e na região cárstica. A abordagem proposta é consistente com os efeitos observados na bacia a partir dos resultados encontrados na literatura internacional em diferentes regiões do mundo sob restauração e reconstrução ecológica.Item Análise multicritério e aprendizado de máquina aplicados na predição do potencial espeleológico da região do Parque Nacional Serra do Gandarela, Quadrilátero Ferrífero/MG(2022-02-03) Nola, Iraydes Tálita de Sena; Bacellar, Luis de Almeida Prado; Barela, César Falcão; Parizzi, Maria Giovana; Erlikhaman, Allan; Barbosa, Marcelo RobertoNo Brasil, cavidades ferríferas estão geneticamente e geograficamente associadas aos depósitos minerais explotáveis de ferro. Essas cavidades possuem relevância espeleológica, arqueológica, paleontológica e biológica, sendo ambientalmente e legalmente protegidas. Assim, para um melhor planejamento da explotação e licenciamento ambiental torna-se necessário estudar a gênese e o desenvolvimento das cavidades ferríferas buscando preservá-las sem impedir o avanço da mineração. Esse tema é complexo, pouco difundido e os trabalhos que buscam alternativas para predizer a ocorrência dessas cavidades são escassos. Essa demanda justifica o desenvolvimento de pesquisas e produtos capazes de auxiliar tomadores de decisão, planejadores e autoridades competentes para suporte na definição de locais-alvo de prospecção espeleológica de campo. Nesta pesquisa foi avaliada a capacidade preditiva de técnicas utilizando lógica fuzzy e processo hierárquico analítico, além de técnicas de aprendizado de máquina na avaliação da suscetibilidade a ocorrência de cavidades ferríferas. Para isso, foram selecionadas as variáveis: razão de óxido de ferro, declividade, índice de vegetação por diferença normalizada (NDVI), curvatura horizontal, curvatura vertical, intensidade de lineamentos e HAND (height above nearest drainage). Para a validação dos resultados foi utilizado um inventário de cavidades previamente levantado. Essas variáveis foram produzidas a partir do processamento de dados geoespaciais de uma região da Serra do Gandarela, Minas Gerais, Brasil. A primeira técnica aplicada, utilizando lógica fuzzy e processo hierárquico analítico (AHP), foi implementada e os resultados mostraram um desempenho satisfatório do mapa produzido em predizer áreas favoráveis a ocorrência de cavidades ferríferas, apresentando AUC (the area under the curve) em torno de 0,85. Na sequência foi aplicada a técnica de aprendizado de máquina denominada Florestas Aleatórias. Esta técnica foi a que se mostrou mais eficaz no estudo da suscetibilidade a ocorrência de cavidades ferríferas, apresentando AUC igual a 0,957. De forma complementar foi utilizada a técnica de Redes Neurais Artificiais, cujos resultados indicaram que o modelo aplicado não possui capacidade de generalização, apesar de seu desempenho ter sido considerado satisfatório durante o treinamento. Espera-se que os passos metodológicos detalhados neste estudo incentivem os planejadores e tomadores de decisão de empreendimentos de mineração e agências ambientais a adotá-los com o objetivo de mapear a suscetibilidade à ocorrência de cavidades ferríferas totalmente com base na aquisição e análise de dados remotos.Item Análise multiescalar de afloramento digital análogo de reservatório carbonático na formação salitre(2022-04) Furtado, Carla Patrícia Queiroz; Bezerra, Francisco Hilario Rego; BORGES, SÉRGIO VIEIRA; Maria Osvalneide Lucena Sousa; João Andrade dos Reis Júnior; David Lino Vasconcelos; Fabio Luiz BagniO presente estudo investiga a influência de fraturas subsísmicas na interconectividade e fluxo de fluidos associados a rochas carbonáticas dobradas e seu papel nas fases de evolução do processo cárstico no Sistema Brejões, Bacia de Irecê, Nordeste do Brasil. Procuramos também promover a caracterização geofísica (Electrical Resistivity Tomography – ERT) de Brejões I e do sistema cárstico associado. Realizamos levantamentos de sensoriamento remoto 3D na superfície com um Veículo Aéreo Não Tripulado (VANT) e subsuperfície com Terrestrial Laser Scanning (TLS). Com base nos afloramentos digitais, nós realizamos análises de atributos de fratura e medição de estratificação, distribuições de comprimento de fratura, estimativas de persistência, topológica, morfométrica e investigação geofísica. A análise multiescalar mostra que corredores de fraturas, cavernas e cânions ocorreram ao longo do eixo de uma anticlinal orientada N-S ou paralelo a ele. Os dados de fraturas superficiais e subsuperficiais estão relacionados e com dois eventos de compressão relacionados à orogênese Brasiliana (740-560 Ma). Os expoentes da lei de potência superiores a 2,5 sugerem a influência de todos os comprimentos de fratura na conectividade do Sistema Brejões, enfatizando fraturas menores que 50 m. A análise topológica demonstrou uma rede de fraturas altamente conectada, acima do limite de percolação, com agrupamentos extensos e vários níveis de interações. Esses resultados são suportados pela ampla distribuição de valores de persistência nos mapas de intensidade de fratura (P21) e densidade (P20). Os atributos morfológicos aplicados na prospecção geofísica permitiram a otimização de suas etapas e correlação direta com a assinatura da caverna. O método ERT apresentou uma ampla faixa de resistividade elétrica (100 - 10.000 Ohm.m), refletindo assim diferentes níveis de intemperismo e carstificação no Sistema de Brejões. Com base no cenário geomorfológico e estrutural descrito, os reservatórios do tipo I e II foram associados ao Sistema Brejões. Sua marcada anisotropia pode implicar em rotas preferenciais de migração de fluidos, o que pode impactar todas as fases de exploração. Nossos resultados revelam que o mapeamento de zonas de dano relacionadas a dobras pode ser uma abordagem alternativa para identificar corredores de fraturas em escala sub-sísmica. A utilização do LiDAR como metodologia auxiliar nas etapas de prospecção geofísica com ERT fornece uma nova perspectiva à análise dos efeitos 3D em ambientes cársticos.Item Aspectos tafonômicos e icnológicos de mamíferos quaternários em ambientes deposicionais de cavernas da Bahia(2024-06-21) Silva, Laís Alves; Araújo Júnior, Hermínio Ismael de; Barbosa, Fernando Henrique de Souza; Campos, Alexandre Liparini; Oliveira, Edison Vicente; Porpino, Kleberson de Oliveira; Trifilio, Lucas Henrique Medeiros da Silva; Silva, Rafael Costa daA presente tese tem como objetivo elucidar aspectos tafonômicos e icnológicos dos fósseis de mamíferos do Quaternário encontrados em cavernas do estado da Bahia, Brasil, visando contribuir para o aprimoramento do conhecimento dos processos de preservação desses fósseis em ambiente cárstico. Foram investigadas três cavernas quanto aos aspectos tafonômicos e duas cavernas quanto aos aspectos icnológicos. A amostra analisada compreende 2042 fósseis de mamíferos depositados nas coleções do Laboratório de Ecologia e Geociências do Instituto Multidisciplinar em Saúde da Universidade Federal da Bahia, Vitória da Conquista, Bahia, e do Laboratório de Paleontologia do Museu de Ciências Naturais da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, Belo Horizonte, Minas Gerais. Para atender aos objetivos propostos, foram elaborados quatro artigos científicos que compõem os capítulos desta tese. Em cada artigo, os resultados obtidos são correlacionados com diferentes aspectos dos fósseis e seu contexto deposicional. Os capítulos 4 e 6 abordam as características tafonômicas dos depósitos das cavernas Toca da Barriguda, Gruta do Engrunado e Poço Azul. As análises revelaram semelhanças entre as cavernas e dentro de cada uma delas em relação às feições bioestratinômicas de intemperismo, corrosão e impregnação. As diferenças observadas estão relacionadas à integridade física, transporte, incrustação, processos biogênicos e composição faunística da tanatocenose. Espécimes completos preservados in situ sem sinais de transporte e características de transporte curto foram observados em todas as cavernas, sugerindo um modelo de acumulação mista do tipo in situ/periférica. O capítulo 5 discute os aspectos icnológicos dos fósseis provenientes das cavernas Toca da Barriguda e Gruta dos Brejões. Os traços fósseis foram atribuídos às icnoespécies Cubiculum inornatus e Karethraichnus kulindros, possivelmente produzidos por larvas de besouros dermestídeos durante a pupação. A análise icnológica e a interpretação tafonômica sugerem que as carcaças não foram enterradas imediatamente após a morte, permanecendo em exposição subaérea e resultando na fase seca de decomposição. Por fim, o capítulo 7 apresenta contribuições paleobiológicas da espécie Myrmecophaga tridactyla com base em características paleopatológicas. A lesão observada na ulna do animal foi causada por uma queda significativa de altura com a mão esticada e força rotativa. O desenvolvimento de um calo ósseo indica uma resposta reparadora avançada. Sugere-se que o animal caiu de uma elevação, sofreu a lesão, passou por um processo avançado de cicatrização e buscou abrigo na caverna, de onde não conseguiu escapar. Os resultados desta tese contribuem para a compreensão dos processos de deposição e preservação de fósseis em ambientes cársticos, além de oferecerem novos insights sobre a paleoecologia e paleobiologia dos mamíferos da região.Item Critérios de relevância para classificação de cavernas no Brasil(Centro de Desenvolvimento Sustentável - UNB, 2008) Marra, Ricardo José Calembo; Mota, José AroudoO objetivo principal da tese é estabelecer procedimentos científicos para a correta classificação das cavidades naturais subterrâneas (CNSs), utilizando, para isso, critérios de relevância e atributos de qualidade definidos por legislação ambiental, e verificando as características e os perfis desses ativos ambientaisItem Dinâmica de disponibilidade de recursos alimentares em uma caverna calcária(Universidade Federal de Minas Gerais, 2003) Silva, Marconi Souza; Martins, Rogério ParentoniEsta dissertação tem como objetivo avaliar a disponibilidade de recursos alimentares para a mesofauna detritívora cavernícola da Lapa do Córrego dos porcos(LCP).Item Distribuição, biologia, ecologia populacional e comportamento de peixes subterrâneos, gênero Ituglanis (Siluriformes: Trichomycteridae) e Eigenmannia (Gymnotiformes: Sternopygidae) da área cárstica de São Domingos, nordeste de Goiás(Universidade de São Paulo, 2003) Bichuette, Maria ElinaEstudo sobre peixes subterrâneos, dieta e sobrevivência da área cárstica de São Domingos, nordeste de GoiásItem Estratégias para o manejo do teiú (Salvator Merianae), um lagarto invasor no Arquipélago de Fernando de Noronha, PE, Brasil.(Biblioteca digital USP, 2019-03-03) Abrahão, Carlos Roberto; Dias, Ricardo Augusto; Universidade de São Paulo; Dias, Ricardo Augusto; Heinemann, Marcos Bryan; Rocha, Carlos Frederico Duarte da; Sampaio, Alexandre Bonesso; Silva, Jean Carlos Ramos daFernando de Noronha é um arquipélago oceânico localizado a 345 km da costa brasileira, habitado desde o século XVII. Sua economia é baseada no turismo, que tem apresentado rápido crescimento nas últimas décadas. Este ecossistema único é reconhecido como Patrimônio Mundial pela Unesco e é um sítio Ramsar. Toda sua extensão terrestre e grande parte da área marinha ao seu redor é protegida por duas unidades de conservação federais, sob tutela do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade. Existem pelo menos 15 espécies de plantas e animais nativos oficialmente ameaçadas de extinção, algumas destas endêmicas do arquipélago. Dentre as 22 espécies de animais e plantas invasoras conhecidas em Fernando de Noronha, o teiú (Salvator merianae) constitui um grande risco à fauna nativa por ser um predador oportunista de grande porte. O potencial impacto do teiú é reconhecido e seu manejo é previsto pelas unidades de conservação do arquipélago. O teiú se encontra presente em altas densidades na ilha principal tendo sido também registrados indícios de sua presença ao menos na Ilha Rata. A densidade de teiús encontrada em Fernando de Noronha foi de 13,8±3,9 animais por hectare em uma área não habitada e com vegetação relativamente preservada e de 4,0±1,1 animais por hectare numa área pouco habitada. O número estimado de indivíduos atualmente vivendo na ilha principal variou entre 6.906 a 12.270 indivíduos adultos. A área de vida estimada foi de 10,5 (7,3- 15,3) ha para ambos os sexos. A probabilidade de captura foi de 0,24±0,06 animais/armadilha/dia na área, com 4 animais/ha, sendo influenciada pelo tamanho dos indivíduos. O teiú também constitui um potencial risco à saúde pública do arquipélago, por serem portadores da bactéria Salmonella entérica, isoladas em 56,9% dos animais capturados e em 70,5% dos pontos amostrados. Ao menos 15 sorotipos foram determinados por métodos moleculares para esta população. Para propor formas de manejar esta espécie em Fernando de Noronha, foram criados modelos de viabilidade populacional com diferentes cenários de manejo por 10 anos. Nos cenários sem manejo, a população de teiús não se extingue ao longo de 30 anos. O aumento das probabilidades de extinção é proporcional ao aumento da intensidade de manejo, tanto nos cenários que consideram a população de toda a ilha principal (A) quanto nos cenários que consideram parte desta população numa área de 214 ha (B). A remoção anual de 20% dos indivíduos adultos seria suficiente para gerar cenários de extinção da população. Com a remoção anual de 50% dos indivíduos adultos, a probabilidade de extinção seria de 54% e a média do tempo para a extinção estaria entre 5,2 e 5,4 anos de manejo, demonstrando que o controle desta espécie é possível em Fernando de Noronha, se os métodos de captura e esforço forem 16 adequados. O manejo em uma pequena área (C) de 2,14 ha poderia ser feito em apenas 13 dias utilizando-se 10 armadilhas. Na área B (que inclui a área C), o manejo de maior intensidade poderia ser realizado em 44 dias por ano, durante quatro anos, utilizando 258 armadilhas. As recomendações incluem o aumento gradativo da área manejada, o uso de manejo adaptativo, o envolvimento da sociedade e o sinergismo com outros esforços de manejo de espécies invasoras na área ambiental e de saúde pública. Este estudo fornece a base científica para um programa de manejo com objetivo de conservar a biodiversidade e de melhorar a saúde pública em Fernando de Noronha.Item ESTRUTURA E COMPOSIÇÃO DA INFRACOMUNIDADE DE DÍPTEROS (STREBLIDAE E NYCTERIBIIDAE) ASSOCIADA A MORCEGOS (CHIROPTERA) EM DIFERENTES AMBIENTES AO LONGO DE UM GRADIENTE CLIMÁTICO E ECOLÓGICO NO ESTADO DE PERNAMBUCO, BRASIL(2018) BARBIER, Eder Silva; Bernard, EnricoO estudo sobre as relações parasitos-hospedeiros é uma importante ferramenta para entendermos questões relacionadas às dinâmicas populacionais, especificidade parasitária, coevolução, entre outras. Morcegos pertencem ao segundo maior grupo de mamíferos terrestres, com maior abundância nas regiões tropicais, e podem albergar uma variedade de grupos parasitos. Devido a diversos fatores ecológicos como riqueza (183 espécies registradas no Brasil), diversidade trófica (e.g., frugívoros, insetívoros, carnívoros, nectarívoros) e comportamental (e.g., formação de grandes colônias), os morcegos representam um importante modelo para o estudo de suas relações com parasitos. Dos diversos grupos de artrópodes que podem parasitar esses mamíferos, as moscas das famílias Streblidae e Nycteribiidae são as mais conspícuas por apresentarem várias adaptações morfológicas (e.g., redução ou ausência de asas, olhos compostos reduzidos) e fisiológicas (e.g., viviparidade adenotrófica) alinhadas ao hábito parasitário no hospedeiro. Adicionalmente, moscas ectoparasitas de morcegos possuem alta especificidade pelo hospedeiro (majoritariamente são espécie-específicas) e, assim como os morcegos, são mais diversas nos trópicos. Este estudo objetivou (i) verificar se o ambiente e os hospedeiros influenciam a presença e distribuição de moscas ectoparasitas, (ii) entender como a carga parasitária de moscas ectoparasitas sobre morcegos é afetada em de um pronunciado gradiente de precipitação e vegetação, (iii) avaliar se existem diferenças nos índices parasitológicos entre morcegos cavernícolas e não-cavernícolas e (iv) se a concentração de morcegos dentro do ambiente cavernícola está correlacionada com a carga parasitária de moscas. Os morcegos e suas respectivas moscas foram mensalmente amostrados em três diferentes ambientes no estado de Pernambuco, Brasil, denominados “área úmida”, “área de transição” e “área semiárida”, e em uma caverna. Para verificar se haviam diferenças na carga parasitária entre os ambientes, foram utilizados os índices de prevalência, intensidade média e abundância média. Esses mesmos índices foram utilizados para testar a diferença na carga parasitária entre morcegos cavernícolas e não-cavernícolas e para verificar a correlação entre o número de morcegos no interior da caverna com sua carga de parasitos. Não houve diferença estatisticamente significativa na carga parasitária, nem dentro do mesmo ambiente ao longo do período amostrado, nem entre os ambientes estudados. Quando comparada a carga parasitária de morcegos capturados dentro e fora de caverna, não houve diferença entre a prevalência, mas a intensidade e a abundância médias dos ectoparasitos foram significativamente maiores no ambiente cavernícola. Não houve correlação da concentração de morcegos na caverna com a carga parasitária exibida por eles. Esses resultados indicam que ambientes cavernícolas podem favorecer uma maior carga parasitária em morcegos, provavelmente por propiciar um microclima ideal para o desenvolvimento das pupas das moscas. Além disso, a fidelidade de morcegos a ambientes cavernícolas beneficia as reinfestações por aquelas moscas recém emergidas. Todavia, a frequência com que os morcegos em ambientes cavernícolas são parasitados não difere de ambientes não-cavernícolas nem é afetada pela concentração dos indivíduos na caverna. Para os ambientes não-cavernícola, os resultados mostram que a prevalência e a carga parasitária das moscas independem do habitat no qual os morcegos estão inseridos e que, mesmo podendo haver influências bióticas e abióticas, suas relações parasito-hospedeiro não são significativamente alteradas.Item Estudo da dinâmica atmosférica subterrânea na determinação da capacidade de carga turística na Caverna de Santana (PETAR, IPORANGA-SP)(UNESP, 2011) Lobo, Heros Augusto Santos; Perinotto, José Alexandre de Jesus; Boggiani, Paulo CésarA presente pesquisa foi norteada pelos seguintes objetivos, estabelecer parâmetros científicos para os limites de capacidade de carga espeleoturística em função da dinâmica atmosférica de uma cavernaItem Estudo geomorfológico da região cárstica de Andaraí: uma contribuição à conservação de cavernas(UFPE, 1991) Seabra, Giovanni de FariasTendo como base o uso de cartas temáticas e a realização de trabalhos de campo, foi delimitada uma área cárstica na região central da Bahia, pertencente ao Grupo Bambuí, cujo inventario das feições geomorfológicas conduziu a descoberta, identificação, exploração e mapeamento de duas cavernas.Item Estudo paleoclimático e paleoambiental a partir de registros geoquímicos quaternários em espeleotemas das regiões de Iporanga (SP) e Botuverá (SC)(USP, 2003) Cruz Junior, Francisco William; Karmann, IvoA pesquisa fundamentou-se em registros contínuos dos últimos 110 mil anos AP, das razões de isótopos estáveis de oxigênio e carbono, razões Mg/Ca, intensidade de fluorescência de calcita, juntamente com dados da taxa de crescimento e da microestratigrafia de estalagmites.Item Evolução e dinâmica atual do sistema cárstico do alto vale do rio ribeira de iguape, sudeste do estado de São Paulo(USP, 1994) Karmann, Ivo; Sadowski, Georg RoberlO objetivo deste trabalho adaptar e desenvolver, os métodos atuais utilizados em estudos geológicos e hidrológicos de sistemas cársticos, prática ainda pouco usual no campo geocientífico nacionalItem Fauna cavernícola da Serra da Bodoquena: revisão bibliográfica e um estudo de ecologia de comunidades(Universidade Federal do Mato Grosso do Sul, 2008) Cordeiro, Lívia Medeiros; Graciolli, GustavoDissertação sobre a fauna cavernícola da Serra da Bodoquena, revisão bibliográfica e um estudo de ecologia de comunidades, neste trabalho apresenta dados sobre a riqueza da fauna cavernícola regional onde foram reunidos e somados às informações existentes na literaturaItem Hydrogeological and Hydrochemical Characterization of the Matozinhos-Pedro Leopoldo Karst, Brazil(Universidade do Kentucky Ocidental, 1994) Auler S, AugustoItem Invertebrados de cavernas do Distrito Federal: diversidade, distribuição temporal e espacial(Universidade de Brasília, 2006) Silva, Franciane Jordão; Diniz, Ivone Rezende; Diniz, Ivone Rezende; Gnaspini, Pedro; Ferreira, Rodrigo Lopes; Luz, José Roberto Pujol; Motta, Paulo César; Tidon, RosanaTese apresentada como requerimento para obtenção do título de Doutor, junto ao Programa de Pós-Graduação em Ecologia da Universidade de BrasíliaItem Karst evolution and palaeoclimate of Eastern Brazil(University of Bristol, school of Geographical Sciences, 1999) Auler, Augusto SarreiroEsta tese considera a geocronologia da caverna depósitos na zona cratônica oriental do Brasil, conhecimento dos processos geomórficos em áreas tropicais da América do Sul, relação entre taxas e os modos de formação e paisagem tectônicasItem Levantamento da quiropterofauna em cavernas da região de Indiara - GO(Universidade Estadual de Goiás, 2004-07) Silva, João Paulo Antunes; Carvalho, Adriana RosaO objetivo deste trabalho foi determinar a fauna de espécies de quirópteros associada a ambientes cavernícolas no município de Indiara/GOItem Manejo e monitoramento de impactos sobre o ecossistema em áreas protegidas de Cerrado: estrutura da vegetação, gramíneas exóticas incêndios.(DSPACE, 2019-07-05) Batista, Flávia Regina De Queiroz; Júnior, Laerte Guimarães Ferreira; Neto, Mario Barroso Ramos; Universidade Federal de Goiás; Laerte, Guimarães Ferreira; Faria, Karla Maria Silva de; Ferreira, Nilson Clementino; Bueno, Guilherme Taitson; Cianciaruso, Marcus ViniciusO Cerrado é a mais rica, talvez a mais ameaçada savana do mundo, e apenas 3% de sua área está protegida por lei. Estas são áreas extremamente valiosas e estratégicas para a conservação do Cerrado, mas sofrem inúmeras pressões externas e internas. Entre as principais preocupações de manejo para as Unidades de Conservação (UC) do Cerrado estão os incêndios e a invasão biológica. Este trabalho investiga como a interferência do manejo e a dinâmica do fogo e da invasão de gramíneas exóticas alteram as fitofisionomias de cerrado, e se divide em capítulos que investigam respectivamente: 1) as dificuldades em se produzir um mapeamento de acurácia suficiente para subsidiar estudos de dinâmica da estrutura da vegetação; 2) a eficácia do atual sistema de manejo do fogo e os desafios da gestão integrada de fogo nas duas últimas décadas; 3) a invasão por gramíneas exóticas e sua relação com a topografia do terreno, trilhas e estradas dentro e no entorno da área de estudo. Foram utilizadas imagens Landsat 8, de um período de 5 anos a partir de 2013, e calculadas, para 5 diferentes intervalos de tempo – mensais, inter mensais, anuais, interanuais, quinquenais - conjuntos de métricas baseadas em 18 índices derivados de valores de refletância das bandas destas imagens além dos próprios valores de refletância das bandas, dados amostrados em campo e classificação semiautomática para o mapeamento das classes de vegetação do Parque Nacional das Emas (PNE). A partir de um modelo replicável foi possível elaborar um mapa com 89% de acurácia e nove classes de fitofisionomias diminuindo os custos e a subjetividade do trabalho manual de coleta de dados e correções a posteriori. Utilizando métricas elaboradas à partir de um modelo digital de elevação e dados de presença e ausência de Urochloa sp em trilhas internas e ao longo das bordas da UC. Foram testados quatro modelos utilizando parâmetros morfométricos, distâncias à trilhas e estradas em contraste com a presença ou ausência da espécie. Os resultados apontam para a importância das perturbações antrópicas, topografia do terreno, e indicam que a força da água em seu escoamento superficial é bastante relevante no estabelecimento da espécie em novas áreas. Para entender o comportamento espacial e temporal do fogo no Parque Nacional das Emas (PNE) foi analisada a frequência de queimadas para as diferentes fitofisionomias, a correlação entre o número de focos de calor e a extensão das cicatrizes e a influência das variáveis ambientais (temperatura superficial do solo, precipitação e acúmulo de biomassa). Foram analisadas as cicatrizes de áreas queimadas, focos de calor, variáveis climáticas – precipitação pluviométrica e temperatura da superfície terrestre (°C) – superfície de biomassa seca e biomassa acumulada para áreas queimadas e não queimadas. O pico anual de focos de calor apontou com grande acurácia a ocorrência de queimadas na área do PNE, o número 12 de focos se mostrou um bom indicador de ocorrência e tamanho das cicatrizes, a extensão de área com biomassa seca em níveis ‘muito alto’ e ‘crítico’ é um indicador de risco de grandes incêndios e um razoável preditor de áreas que sirvam como bloqueio à propagação de incêndios. O atual plano de manejo de fogo através de aceiros e queima natural durante a estação seca trouxe avanços para a prevenção de incêndios, mas é necessário considerar o uso de queimadas controladas prescritas.