Análise do comportamento e desempenho hídrico das depressões cársticas da região da APA Carste Lagoa Santa (MG)
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Data
2018-12-21
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Orientador(es)
Velasquez, Leila
Coorientador(es)
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Resumo
Sob a ótica da singular geomorfologia e hidrogeologia cárstica, o presente estudo apresenta as
investigações morfométricas e hídricas realizadas nas depressões cársticas da região da APA
Carste Lagoa Santa – Minas Gerais, que afloram predominantemente nas rochas pelito carbonáticas das formações Sete Lagoas e Serra de Santa Helena do Grupo Bambuí. Essas feições
dissolutivas desempenham relevante papel ambiental semelhantes a bacias hidrográficas
favorecendo a concentração de águas meteóricas e superficiais dando origem a lagoas e ou
realizando a recarga hídrica dos níveis subterrâneos. As técnicas de geoprocessamento
combinadas com sensoriamento remoto permitiram a detecção de 393 depressões cársticas através
do Modelo Digital de Elevação (MDE) derivado de uma imagem do satélite ALOS PALSAR. A
classificação supervisionada por meio do algoritmo classificador da Máxima Verossimilhança em
imagens multiespectrais dos satélites Landsat 5 TM e Landsat 8 OLI/TIRS, coloridas a partir da
composição de bandas espectrais, apresentou resultado de classificação excelente via Coeficiente
de Kappa e Acurácia Global acima de 90%. Essa técnica identificou áreas de espelhos d’água no
interior das depressões cársticas em quatro períodos hidrológicos distintos, consistindo de uma
adequada ferramenta utilizada para avaliar o comportamento hídrico das consideradas depressões
cársticas. As análises e investigações por instrumento da estatística multivariada permitiram
constatar similaridades e correlações entre as propriedades morfométricas pertinentes à forma e
evolução das depressões com os parâmetros morfoestruturais. Os resultados das Análises Fatoriais
e dos Componentes Principais mostraram que as depressões situadas em menores cotas
topográficas, com declividade mais suaves e com formas mais irregulares são as favoráveis ao
acúmulo de água e possuírem lagoas após a estação chuvosa em ano pluviométrico normal (2010)
ou atipicamente seco (2014). E as depressões com grandes extensões, mais profundas, expressiva
área de maciços calcários em seus interiores e considerado padrão estrutural (marcado pela
porosidade secundária) são as com presença de lagos perenes, que tendem a não se secaram
totalmente ao final do período de estiagem mesmo em ano com excepcional crise hídrica.