BIOLOGIA SUBTERRÂNEA

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    PREDIÇÃO METABÓLICA E PROSPECÇÃO DE BACTÉRIAS BIOCONTROLADORAS E PROMOTORAS DE CRESCIMENTO VEGETAL OBTIDAS EM CAVERNAS FERRUGINOSAS DO QUADRILÁTERO FERRÍFERO COMO POTENCIAIS INOCULANTES
    (2022-02-25) Lemes, Camila Gracyelle de Carvalho; Leandro Marcio Moreira - Orientador; dos Santos, Taides Tavares; de Oliveira, Fábio Soares; da Cruz, Izinara Rosse; Ribeiro, Sérvio Pontes
    O Quadrilátero Ferrífero (QF) possui elevada concentração de minérios no solo, o que leva ao alto extrativismo, fato este que se contrapõe à sua importância biológica por desencadear perdas de biodiversidade e de possíveis potenciais biotecnológicos, por exemplo a partir da microbiota. Nesse ambiente, as cavernas ferruginosas se apresentam como paisagens com características geomorfológicas distintas, como diferentes altitudes e composição estrutural. Este trabalho teve como objetivos gerais realizar a predição metabólica funcional (anál. independ. de cult) e prospectar bactérias biocontroladoras e promotoras de crescimento vegetal (BPCV) (métodos dependentes de cultivo) a partir de substratos provenientes de cavernas ferruginosas do QF. Para isso, foram coletadas amostras de piso e teto de sete cavernas ferruginosas, uma amostra de caverna de quartzito e uma amostra de solo externa às cavidades. Inicialmente, foi realizada uma análise em larga escala da sequência do gene 16S rRNA (parte finalizada no mestrado) e a predição funcional (realizada ao longo do doutorado). Em paralelo, foi realizado o isolamento, cultivo e verificação das atividades de biocontrole e biofertilização. Na análise de predição metabólica, categorias de interesse biotecnológico mostraram diferenças estatísticas entre a amostra de caverna quartzítica e as amostras das cavernas ferruginosas, sendo encontradas maiores proporções de sequências para as categorias: mecanismos de transdução de sinal, metabolismo do nitrogênio, biossíntese de novobiocina e sistema de secreção. Um total de 563 isolados cultiváveis foram obtidos, catalogados e cultivados em placas de 96 poços, compondo matrizes de ensaios de inibição in vitro contra os fitopatógenos Xanthomonas citri subsp. citri (Xcc306), Fusarium oxysporum e Colletotrichum lindemuthianum (Cl89). Os resultados mostraram que 47 isolados inibiram Xcc306, sendo que nenhum isolado da amostra de solo externa às cavidades apresentou resultados positivos. Entre os isolados que inibiram o Xcc306 in vitro, nove reduziram entre 36-68% da lesão causada pelo Xcc306 quando co-inoculados em plantas de limão-cravo, sem induzir resposta de hipersensibilidade. Vinte dos 47 inibiram o crescimento de Fusarium sp. diretamente em 51-73% e 15 indiretamente em 75-81%. Esses 15 inibiram o crescimento de Cl89 in vitro (até 93% diretamente e 100% indiretamente), fixaram nitrogênio, produziram proteases e sideróforos, mostraram capacidade de motilidade, produziram biofilme e exceto 1 isolado (A1), todos solubilizaram fosfato inorgânico. Os isolados com propriedades mais relevantes para candidatos a BPCV foram identificados como Serratia sp., Dickeya sp., e Nissabacter sp. Este trabalho apresenta pela primeira vez o potencial bacteriano associado a cavernas ferruginosas previamente desconhecidas para aplicação agrícola e ambiental, como candidatos a potenciais inoculantes biológicos.
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    Potencial espeleológico, uso de abrigos e mobilidade de grandes congregações de morcegos no carste arenítico do Parque Nacional do Catimbau e área de entorno, Nordeste do Brasil
    (2021-07-27) LEAL, Edson Silva Barbosa; Bernard, Enrico
    Cavernas destacam-se como os abrigos naturais mais usados por morcegos. Há centenas de espécies destes animais ao redor do planeta que usam esses espaços subterrâneos para a proteção, reprodução e cuidado parental. Embora, reconhecida há muito tempo, esta associação entre morcegos e cavernas pode ser considerada ainda pouco estudada sob o ponto de vista científico. Esta tarefa torna-se ainda mais desafiadora em países como o Brasil, que tem dimensões continentais, e abriga centenas de milhares de cavernas e mais de 180 espécies de morcegos. Avançar no estudo da relação morcegos e cavernas no Brasil passa obrigatoriamente por preencher lacunas básicas de informações, desde quais espécies podem ser registradas nestes ambientes, até como estas espécies utilizam e se deslocam entre diferentes cavernas. Nesse estudo, foquei em preecher estas lacunas básicas de informação em um trecho da Caatinga brasileira, uma área com grande potencial espeleológico e com fortes indicadores de alta riqueza de espécie, mas que ainda assim permanecia praticamente não estudada para seus morcegos cavernícolas. Aqui foram analisados o potencial espeleológico do Parque Nacional do Catimbau, e entorno, situado no estado do Pernambuco, nordeste do Brasil, bem como a quiropterofauna associada às cavernas da área, e investigada a mobilidade de morcegos entre duas cavernas com grandes populações. Dezessete campanhas de captura-marcação-recaptura de morcegos foram realizadas entre março de 2018 e janeiro de 2020 em duas cavernas. Um mapa virtual com informações georreferenciadas e metadados de 252 cavidades registradas é apresentado. Destas, 53 cavernas possuem registros de 16 táxons, 13 gêneros e cinco famílias de morcegos. Populações de quatro espécies ameaçadas de morcegos foram encontradas. Foram detectados movimentos entre as duas cavernas, distantes 15 km entre si, projetando um amplo uso da paisagem pelos morcegos. O estudo aponta que as populações destas cavernas utilizam múltiplos abrigos. Estas constatações devem ser consideradas nas discussões sobre a conservação de morcegos cavernícolas no Brasil, bem como nas discussões sobre as normativas que regem o licenciamento ambiental de áreas cársticas no país. Os dados apresentados devem ser usados na elaboração do Plano de Manejo do Parque Nacional do Catimbau.
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    Análise de relevância de cavernas: uma revisão da IN 02/2017 sob a perspectiva dos morcegos
    (2020-11) Barros, Jennifer; Da Cunha Tavares, Valeria; Henrique Dias-Silva, Leonardo; Milagres, Augusto
    A relação entre várias espécies de morcegos e ecossistemas cavernícolas é altamente especializada, complexa e frágil. Comunidades de invertebrados cavernícolas são, frequentemente, dependentes do guano dos morcegos para sua sobrevivência, assim como os próprios morcegos dependem também destes abrigos para atividades sociais, proteção, descanso e reprodução. No Brasil, espécies associadas a cavernas tornaram-se mais susceptíveis a impactos decorrentes da destruição de seus abrigos, principalmente após alterações na legislação que flexibilizaram a proteção desses ambientes. A atual legislação determina que cavernas inseridas em áreas passíveis de licenciamento ambiental devem passar por um processo de classificação quanto ao seu grau de relevância. Estas regras estão incluídas na Instrução Normativa 02/2017 do Ministério do Meio Ambiente. Avaliamos aqui as disposições na IN 02/2017 considerando o grupo dos morcegos como foco específico, e considerando a clareza, objetividade, e aplicabilidade prática da normativa, bem como pontos frágeis e critérios subjetivos que necessitam de modificações. Identificamos trechos cuja redação é subjetiva, vaga ou imprecisa, tornando alguns dos critérios apontados para a designação de relevância problemáticos quando analisados sob o enfoque do grupo dos morcegos. Sugerimos que a IN passe por extensa atualização, com alterações de redação, exclusão de alguns critérios (e.g., espécies com função ecológica importante; troglóxenos obrigatório) e inclusão de outros (e.g., presença de fêmeas grávidas e filhotes).
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    EFEITO DAS VARIÁVEIS DE HABITAT EM MACRO E MICROESCALA SOBRE A RIQUEZA DE INVERTEBRADOS TERRESTRES EM CAVERNAS NEOTROPICAIS
    (2019-06) VENÂNCIO, Paulo César Reis; RABELO, Lucas Mendes; PELLEGRINI, Thais Giovannini; FERREIRA, Rodrigo Lopes
    Cavernas são ambientes subterrâneos peculiares, caracterizados pela ausência de luz,elevada estabilidade climática(umidadeetemperatura) e oligotrofia. Ocorrem principalmente em rochas de grande interesse econômico, o que traz diversasameaçasàscomunidadescavernícolas. Entender os fatores estruturantes dessas comunidades, se torna então fundamental para diretrizes assertivas de conservação e manutenção desses sistemas.Diversos estudos recentes demonstraram que variáveis de macroescala, como desenvolvimento linear, tamanho das entradas e outros atributos diversos exercem influência na estrutura das comunidades subterrâneas. Entretanto, pouco se sabe da influência dessasvariáveis na estrutura da fauna associada aos microhabitats. Portanto, neste trabalho objetivamos testar se as influências de macroescala, que sabidamente estruturam as comunidades cavernícolas como um todo, também são significativas em microescala. Para isso, foramutilizadosmétodos de amostragemcom área padronizada emquadrantesde 1m². Foram posicionados dois quadrantes por caverna, um na região próxima a entrada (fótica), outro na região distante da entrada (afótica), com objetivo de entender como as variáveis influenciam na estruturação da comunidade de cada quadrante. Análises estatísticas realizadasmostraramque, quando se padroniza a área amostrada, os fatores de macroescala, reconhecidospela alta influência na riqueza das comunidades, deixa de ser significativo. Ao analisar as variáveis de microescala, que retratam os substratos disponíveis nos quadrantes, observamos que a estruturação de habitat é importante principalmente nas regiões profundas da caverna, enquanto na região de entrada, essa estruturação não se mostrou significativa.
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    ECOLOGIA DE PEIXES DE RIACHOS DE CAVERNAS E OUTROS HABITAT SUBTERRÂNEOS
    (2021) Bichuette, Maria Elina
    Brasil desponta como um país rico em cavidades naturais subterrâneas, com mais de 20.000 cavernas cadastradas oficialmente. Além das cavernas, as quais se desenvolvem em diferentes tipos de rocha, há outros habitat subterrâneos (hipógeos) com corpos d’água na forma de drenagens (riachos de nível de base), de afloramentos do freático (zona saturada) em cavernas inundadas ou na forma de poças e lagos dentro de cavidades, além de bolsões de aquíferos superiores formados por água de infiltração na rocha. Em alguns casos, as águas subterrâneas não afloram em cavidades, e sim em aluviões próximos a rios, representando uma zona hiporreica. A ictiofauna subterrânea brasileira é composta por peixes restritos às cavernas e outros habitat subterrâneos (geralmente categorizados como troglóbios/estigóbios) ou por espécies que possuem populações bem estabelecidas nestes habitat, mas que também ocorrem em riachos e corpos d’água da superfície (categorizados como troglófilos). Atualmente há mais de 80 espécies de peixes com populações troglóbias e troglófilas no Brasil. Alguns estudos populacionais para peixes troglóbios/freatóbios apresentam estimativas de tamanhos e densidades populacionais variáveis, geralmente caracterizadas por populações pequenas; uma tendência ao sedentarismo; baixos valores de fator de condição e estratégias de ciclos de vida tendendo ao K dentro do continuum r-K. Estas características são relacionadas às condições abióticas únicas destes habitat, tais como aporte de nutrientes baixo, infrequente e muitas vezes imprevisível, o que pode representar um filtro acentuado. Em relação à conservação, os peixes de riachos de cavernas e de outros habitat subterrâneos encontram-se ameaçados e a maioria das espécies descritas formalmente está inserida em listas de fauna ameaçada no Brasil, apenas quatro espécies foram incluídas e avaliadas globalmente (a piaba Stygichthys typhlops e os bagres Pimelodella kronei, Phreatobius cisternarum e Phreatobius sanguijuela).
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    ICTIOFAUNA DA REGIÃO DA SERRA DA CANASTRA, MINAS GERAIS
    (2021-02-04) Rabello, Gabriela; Bichuette, Maria; Bichuette, Maria; Buck, Sonia; Esguícero, André
    O ambiente subterrâneo (ou hipógeo) é formado por espaços interconectados do subsolo ou subsuperfície preenchidos por água ou ar e tem como característica marcante a escuridão em zonas mais profundas e pouca variação nas condições abióticas, como elevada umidade relativa e temperatura constante. Uma das características observadas em muitas cavernas e outros habitats subterrâneos é a tendência à escassez de alimento, onde na maioria das vezes o fornecimento de alimento é por origem alóctone, influenciando assim a riqueza e distribuição da fauna. Estes fatores, dentre outros, tornam o meio hipógeo extremamente frágil. Este estudo teve como objetivos apresentar dados históricos para a ictiofauna da Bacia do São Francisco e compará-los com dados ocorrentes em cavernas e trechos superficiais de São Roque de Minas, estado de Minas Gerais, além de verificar dados físico-químicos, riqueza e diversidade. Dados históricos também foram levantados, para comparar a ictiofauna subterrânea ocorrente na Bacia do São Francisco. Foram realizadas três ocasiões de coletas utilizando métodos combinados. A Bacia do Rio São Francisco apresentou 26 espécies em trechos hipógeos de rios, 8 restritos a habitats subterrâneos, sendo a maioria encontrada no estado da Bahia. Para a região de São Roque de Minas foram registradas 13 espécies, sete em trechos hipógeos. Concomitantemente, os dados levantados para a região foram analisados visando a diversidade da ictiofauna, verificando similaridade de espécies e grau de higidez, testando a hipótese de as cavernas representarem um filtro ambiental para a ictiofauna local.
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    Diversidade de espécies troglóbias em cavidades ferríferas do Parque Estadual da Serra do Rola Moça (PESRM), Minas Gerais
    (Sociedade Brasileira de Espeleologia, 2015-07) Zampaulo, Robson de Almeida
    O presente trabalho tem como objetivo apresentar os resultados obtidos durante os estudos para avaliação da diversidade de espécies troglóbias encontradas em cavidades ferríferas do Parque Estadual da Serra do Rola Moça, Minas Gerais
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    Sobre Quiropteros (Emballonuridae, Phyllostomidae, Natalidae) de duas cavernas da Chapada Diamantina, Bahia, Brasil
    (Iheringia Serie Zoologia, 1999) Gregorin, Renato; Mendes, Liana de Figueiredo