GEOESPELEOLOGIA

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    CARSTE EM ROCHAS SILICICLÁSTICAS NA CHAPADA DIAMANTINA: GEOESPELEOLOGIA DA GRUTA DO CANAL DA FUMAÇA, VILA DE IGATU, ANDARAÍ (BA)
    (2024) PARRA, RAPHAEL; Pereira, Ricardo Galeno Fraga de Araújo; Maia, Rubson Pinheiro; Pontes, Henrique Simão
    A formação de relevos cársticos em rochas siliciclásticas é fato já reconhecido e estudado pela ciência nas últimas décadas. Neste sentido, a região da Chapada Diamantina, no centro do Estado da Bahia, que é notória pela presença de amplos sistemas de cavernas instalados em rochas carbonáticas, atualmente vem ganhando visibilidade também para terrenos cársticos siliciclásticos, sobretudo na Serra do Sincorá. Esta unidade de relevo montanhoso, que alcança 1.700 m, é sustentada pelos metarenitos e metaconglomerados da Formação Tombador (Grupo Chapada Diamantina, Supergrupo Espinhaço), de idade Mesoproterozoica. Nela, destacam-se a Gruta do Lapão, no município de Lençóis, com 1,6 km de desenvolvimento e a Gruta do Castelo, no Vale do Pati, município de Mucugê, com 383 m de desenvolvimento. Ambas são pontos de visitação turística dentro do Parque Nacional da Chapada Diamantina e, por isso, têm maior visibilidade no meio acadêmico e para o público em geral. Por sua vez, a Vila de Igatu, no município de Andaraí, abriga valiosos sistemas cársticos, com complexas redes de condutos subterrâneos e relevo ruiniforme, ainda pouco estudados e compreendidos. Na área da Bacia Hidrográfica do Rio Coisa Boa, um dos afluentes do Rio Paraguaçu, são reconhecidas 12 cavernas, algumas das quais já reconhecidas em trabalhos anteriores e cadastradas em bancos de dados espeleológicos. Nesse trabalho, foi realizada a caracterização de um dos sistemas cársticos, a Gruta do Canal da Fumaça, através da cartografia espeleológica, análises estruturais por sensoriamento remoto e em campo, descrições de amostras de rocha através de microscópio óptico e eletrônico de varredura, além da determinação da composição química (FRX) e mineralógica (DRX). Observou-se que estruturas NNE-SSW, NNW-SSE e ENE-WSE, associadas à deformação transpressiva sinistral que estruturou a Serra do Sincorá, exerce importante influencia na abertura dos condutos e na formação do relevo ruiniforme, atuando como frentes preferenciais de intemperismo. A avaliação petrográfica sugere que o ataque químico se dá, principalmente, sobre os filossilicatos (pirofilita e caulinita) que compõem a matriz dos metarenitos da área, sendo mais solúveis em pH ácido. Secundariamente, os grãos de quartzo também são afetados. Esse processo, denominado fantomização, reduz a coesão entre os grãos e, então, os processos de piping os removem mecanicamente. Por outro lado, identificou-se também um profundo impacto da atividade de garimpo de diamante, desenvolvida nos séculos XIX e XX. Modificações como escavações e detonações de condutos, construções de muros e pilares, alteraram significativamente o interior da caverna, colaborando, inclusive, para aumentar suas dimensões de extensão e volume. Tendo isso em vista, foi proposto um modelo de evolução para a Gruta do Canal da Fumaça, considerando os processos geológicos cársticos e também as alterações antrópicas.
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    MAPEAMENTO GEOLÓGICO DA REGIÃO DA GRUTA DO PERRAZO /SUMIDOURO, NO MUNICÍPIO DE CAMBUCI, RIO DE JANEIRO
    (2022-03) ANDRADE, JAIRYSSON MELO DOS SANTOS; Ramos, Renato Rodriguez Cabral; Pires, Gustavo Luiz Campos; Mansur, Katia Leite; Guedes, Eliane
    O Estado do Rio de Janeiro possui um importante potencial para os estudos espeleológicos no âmbito nacional, ainda que pouco conhecido e explorado. Esse presente estudo tem como objetivo realizar o mapeamento do entorno da gruta do Perrazo/Sumidouro (lat. 21°33’16’’S, long. 41°58’6’’W), localizada no município de Cambuci (RJ), registrada sob o código RJ-34 no Cadastro Nacional de Cavernas da SBE(Sociedade Brasileira de Espeleologia). O trabalho visa confeccionar um mapa geológico detalhado na escala 1:2.500, no intuito de compreender a disposição espacial do mármore, no qual a cavidade subterrânea se desenvolve e suas possíveis variações internas. Tratando-se do objeto de estudo, a gruta está localizada na região de maior ocorrência de cavernas no estado (incluindoos municípios de Cantagalo, Itaocara, São Sebastião do Alto e Cambuci, localizadas na região Serrana do Estado do Rio de Janeiro). Ademais, suas características geológicas e mineralógicas permitem concluir que se trata de um exoescarnito, queé uma rocha formada a partir de um metamorfismo de contato e fluídos metassomáticos em rochas carbonáticas e calcissilcáticas. Assim, sendo a rocha classificada como forsterita-diopsídio mármore dolomítico exoescarníto (Unidade Bom Jesus do Itabapoana/RJ), diverge das principais grutas da região que são formadas em rochas carbonáticas eminentemente calcíticas (mármores sacaroidais calcíticos). A presença dos minerais diopsídio e forsterita no mármore escarníticosão indicativos de metamorfismo de fácies granulito de alto grau de acordo com as classificações de fácies metamórficas de rochas carbonáticas com um provávelprotólito carbonático dolomítico biogênico. Cavidades com essas características são extremamente raras, de acordo com CNC(Cadastro Nacional de Cavernas) esse seria o primeiro relato no Brasil.
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    PROCESSOS HIDROGEOQUÍMICOS COMO GATILHO PARA A ESPELEOGÊNESE NO SETOR SUDOESTE DO PARQUE ESTADUAL DO IBITIPOCA – MG
    (2022-11-04) Oliveira, Gabriel Lourenço Carvalho de; Rudnitzki, Isaac Daniel; Assunção, Pedro Henrique da Silva; Costa, Adivane Terezinha; Leão, Lucas Pereira
    Sabe-se que a água subterrânea é um dos principais agentes na formação de cavidades naturais. Portanto, os estudos hidrogeoquímicos contribuem para uma melhor compreensão da espeleogênese. Carstes em rochas siliciclásticas e quartzíticas possuem peculiaridades quanto sua formação, que os diferem do carste em rochas carbonáticas, onde a dissolução de carbonato é o principal agente formador. O Parque Estadual do Ibitipoca (PEIB) está em um distrito espeleológico com elevado número de cavidades em rochas siliciclásticas cadastras em uma área relativamente pequena (1.488 ha). Este trabalho analisa, durante um ciclo hidrológico, o comportamento hidrogeoquímico das águas subterrâneas dos sistemas de cavernas do setor sudoeste do PEIB, região que abrange 4 cavidades, sendo elas a Gruta Martimiano II (a maior caverna em quartzito do país), Gruta das Bromélias, Gruta do Manequinho e Gruta das Casas. O objetivo principal é compreender a interação rocha-água e seu papel no desenvolvimento dos maiores sistemas de cavernas quartzíticas do país. Para isso, durante uma campanha de seca e chuva, foram aplicados métodos de análise físico-químicas (in situ), análise geoquímica de elementos maiores, menores e traço (ICP-MS e ICP-OES) e modelagem hidrogeoquímica e relações gráficas para interpretação dos dados. Constatou-se a existência de três sistemas hídricos e hidroquímicos distintos, sendo o principal o Sistema Bromélias-Martimiano II com mais de 7,5 km de condutos subterrâneos. Os principais processos hidrogeoquímicos observados nos sistemas foram a dissolução de quartzo e feldspatos com formação de caulinita. Esses processos são bastante atuantes e contribuem para o início da espeleogênese no setor suoedeste do PEIB, principalmente nas fases de arenização (sanding) e na lixiviação dos grãos da rocha formando proto-condutos (piping)
  • Registros microclimáticos preliminares da Gruta Pau-Ferro, Monjolos, Minas Gerais
    (2020-12-28) Torres, Juliana; Panisset Travassos, Luiz Eduardo
    As cavernas desenvolvidas nos calcários de Minas Gerais são feições cársticas que apresentam condições microclimáticas peculiares. Embora façam parte de um sistema maior e pareçam estar isoladas da superfície, as condições externas influenciam a dinâmica interna. Dessa forma, o objetivo principal da pesquisa consiste em demonstrar o comportamento do microclima da Gruta Pau-Ferro, município de Monjolos, Minas Gerais. Entre os meses de maio de 2017 e março de 2018, foram instalados termo higrômetros (Testo 175 H1) para registro de temperatura e umidade ao longo do conduto principal da caverna. Após a coleta dos dados, estes foram tabulados e tratados para elaboração de gráficos que possibilitaram uma melhor visualização do microclima local. As análises preliminares demonstraram que embora a caverna seja considerada por muitos como um meio independente das condições externas, estas mostraram-se como fatores determinantes em algumas variações. Portanto, compreender as cavernas como parte de um sistema maior pode favorecer a preservação tanto da geodiversidade quanto da biodiversidade.
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    Sistema de monitoramento de dinâmica de rocha (SMDR) aplicado ao controle geotécnico de uma cavidade natural subterrânea no município de São Gonçalo do Rio Abaixo - MG.
    (2020) Fernandes, Adam Barros; Lima, Hernani Mota de; Santos, Tatiana Barreto dos; Brandi, Iuri Viana
    As atividades de mineração são imprescindíveis para a economia brasileira, tendo em vista a enorme influência desse setor na geração de empregos, no PIB e no equilíbrio econômico nacional. Porém, nos últimos anos ocorreram mudanças na legislação ambiental do Brasil que estipularam um raio de proteção no entorno das cavidades naturais subterrâneas, determinado de forma empírica, no valor de 250 metros, onde não se pode ocorrer nenhum impacto ambiental irreversível a caverna, podendo inviabilizar o aproveitamento de grande parte das jazidas minerais. Dessa forma, com o intuito de verificar a influência do desmonte com uso de explosivos na estabilidade física da cavidade BRU_0034, nas proximidades da Mina de Brucutu da empresa Vale S.A., foram propostos, por intermédio desse estudo, monitoramentos sismográficos e de deslocamento através do uso do Sistema de Monitoramento de Dinâmica de Rocha (SMDR). No que se refere aos resultados obtidos com o SMDR, foi possível verificar através dos dados sismográficos e dos desmontes que o modelo de atenuação proposto, apesar de possuir uma pequena população amostral, é estatisticamente aceito. Além disso, com base na análise dos dados de deslocamento, pode-se concluir que não houve uma grande movimentação aparente nos sensores durante o monitoramento, atestando assim uma boa estabilidade geomecânica da cavidade
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    Avaliação da aplicação de sistemas de classificação geomecânica para cavidades ferruginosas.
    (2020) Leal Oliveira, Paula Cristine; Mota de Lima, Hernani; Brandi, Iuri Viana; Souza, Felipe Ribeiro
    A necessidade de adequação à lei brasileira incentivou os estudos sobre cavidades no país nos últimos anos, especialmente naquelas de litologia ferruginosa, por sua proximidade com regiões de mineração. É preciso entender a dinâmica dessas cavidades, com todos os complexos fatores que a envolvem, entre eles, a sua estabilidade, de maneira a definir melhores medidas de proteção e controlar impactos. Os estudos de estabilidade são ferramentas para tal, e se iniciam com a compreensão do comportamento do maciço rochoso. Este estudo visa justificar o uso de metodologias de classificação de maciços rochosos, tal como o RMR de Bieniawski e o Q de Barton, como instrumento de determinação da qualidade geotécnica de cavidades naturais subterrâneas de litologia ferrífera, propondo uma avaliação das metodologias utilizadas. Embora não tenham sido desenvolvidas para a aplicação em cavidades, as classificações são boas ferramentas no estudo destas, desde que utilizadas de maneira correta. A partir de trabalhos já realizados por empresas e por universidades, e de um banco de dados de 33 cavidades de diferentes litologias, é realizada uma análise de sua aplicação, propondo orientações para seu uso, identificando entre os principais sistemas de classificação, qual melhor se adequa a cada situação. Através de análises estatísticas e de correlação, recomenda-se utilizar mais de um sistema na avaliação do maciço, além de pelo menos uma correlação, de maneira a diminuir as incertezas e validar as análises. Por ser facilmente aplicáveis, os sistemas Q e RMR têm a preferência dos profissionais, embora o RMi tenha sido aplicado em trabalhos anteriores e obtido bons resultados. Enquanto o Q de Barton se mostra uma metodologia mais “conservadora”, o que torna seu uso mais interessante, considerando o objetivo final de preservação e monitoramento destas cavidades, o RMR oferece uma aplicabilidade melhor e mais condizente com o que é visto em campo.
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    Cavernas Patrimônio Espeleológico Nacional
    (IBAMA, 2001) Marra, Ricardo José Calembo
    O presente livro tem como alvo despertar a sensibilidade da sociedade de maneira que o enriquecimento da discussão em torno do tema gere conhecimento de diretrizes para melhor execução de políticas públicas ambientais
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    Caracterização da paisagem no entorno de cavidades naturais subterrâneas em geossistemas ferruginosos do Quadrilátero Ferrífero, Minas Gerais
    (Instituto de Geociências da UFMG, 2017) Gomes, Mauro
    Esta pesquisa teve como objetivo analisar a composição, configuração e evolução da paisagem no entorno das cavidades localizadas nos geossistemas ferruginosos do Quadrilátero Ferrífero, aplicando para isto uma proposta de análise sistêmica, integrando sistemas de informação geográfica, sensoriamento remoto e ecologia da paisagem com foco na conservação do patrimônio espeleológico.
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    Cavernas do Domo de Araguainha – subsídios para conservação da maior cratera de impacto da América do Sul
    (Sociedade Brasileira de Espeleologia, 2007-06) Lima, José Guilherme Aires; Gomes, Mauro
    O objetivo deste estudo é descrever essas cavernas e contribuir para a criação de uma Unidade Federal de Conservação para preservar esses habitats particulares.
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    Contribuição ao Conhecimento da Biologia de Cavernas em Litologias Ferríferas de Carajás, PA
    (Sociedade Brasileira de Espeleologia, 2011-07) Prous, Xavier; Vasconcellos, Maurício; Bezerra, Tatiana
    Neste trabalho são apresentados dados sobre a influência de alguns atributos bióticos e abióticos sobre a riqueza de espécies e riqueza de troglóbios em cavernas da região de Carajás, PA