GEOTECNOLOGIAS

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    Ensaio sobre as formas de registro e armazenamento de dados intrassítio com o uso de geotecnologia: sítio Lapa Grande de Taquaraçu
    (2020) Da Costa Silva, Marcelo Antonio; Gomes de Mello Araujo, Astolfo; Knorich Zuffo, Marcelo; Martinez Okumura, Maria Mercedes
    DA COSTA, Marcelo Antonio. Ensaio sobre as formas de registro e armazenamento de dados intrassítio com o uso de geotecnologia: sítio Lapa Grande de Taquaraçu. 2020. 146 f. Dissertação em Arqueologia – Museu de Arqueologia e Etnologia, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2020. O presente estudo abarca uma trajetória metodológica para a organização de dados arqueológicos através da utilização de aplicações e processamentos em SIG para um sítio do período Paleoíndio, tendo o intuito de sistematizar as informações de modo a possibilitar a futura interpretação das relações espaciais entre materiais arqueológicos de diferentes naturezas (amostras de sedimento e datação, por exemplo), permitindo, ainda, a integração e análise conjunta de dados, com o fim de se encontrar respostas que verifiquem ou refutem hipóteses até então determinadas no campo da arqueologia para este tipo de sítio. É certo que este exercício também traz outro importante benefício que não pode ser desconsiderado: a sistematização de informações, dados e resultados de uma densa pesquisa arqueológica, formando um Banco de Dados Georreferenciado - BDG. Este produto, além de garantir a integridade dos dados catalogados, favorece a prática de estudos e pesquisas a partir de um banco de dados integral e organizado de maneira lógica, propiciando, dessa forma, a oferta e qualidade de dados das pesquisas realizadas. O produto deste estudo pode ainda favorecer um caminho na disponibilização de dados de forma integral e segura através de publicação em repositórios oficiais ou acesso a uma espécie de biblioteca de dados digitais de informações em formato universal aberto. Esta é uma oportunidade para a catalogação, organização e garantia da integridade de inúmeros dados levantados em sítios arqueológicos, favorecendo a perpetuação de informações integralmente armazenadas e organizadas. Ressalta-se que este representa um trabalho pioneiro no Brasil, não se encontrando, a priori, outros estudos realizados com tal aprofundamento no país, tendo como foco a análise de estruturas de banco de dados arqueológicos georreferenciados, universalizados, normatizados e transversalmente estruturados conforme os parâmetros internacionais estabelecidos.
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    Detecção de dolinas com apoio de modelos digitais de elevação e imagens de alta resolução : estudo de caso na APA Nascentes do Rio Vermelho - GO
    (2020-07-03) Ferreira, Cristiano Fernandes; Uagoda, Rogério Elias Soares
    Os sistemas cársticos escondem seus principais mecanismos de morfogênese na subsuperfície, onde a interação de águas levemente aciduladas com rochas solúveis permite a criação de vazios e a interconexão dos fluxos, acelerando processos erosivos nem sempre visíveis. Uma das expressões superficiais mais marcantes destes mecanismos ligados à espeleogênese são as dolinas, feições consideradas elementares destes ambientes. A presente pesquisa teve como objeto principal as depressões cársticas, a partir das quais revisitou-se conceitos, tipologias genéticas e principais morfologias em trabalhos realizados no Brasil e no mundo. O mapeamento dessas feições é realizado há muito tempo e permite uma série de interpretações de cunho geomorfológico e ambiental. Entretanto, a tarefa de detectar e delimitar dolinas esbarra na resolução das bases de dados disponíveis, dificuldades de estabelecer os limites em campo ou por meio de análises visuais em imagens, grande consumo de tempo e trabalho, além de carregar forte viés de subjetividade. Neste sentido, vários trabalhos mais recentes vêm empregando técnicas modernas e bases de dados de alta resolução para a detecção de dolinas, muitos realizados com certo nível de automação, sobretudo com o uso de Modelos Digitais de Elevação-MDE’s. Baseado nessas experiências e tendo como meta identificar as dolinas da região do alto Rio Corrente e da Área de Proteção Ambiental das Nascentes do Rio Vermelho (APA-NRV), nordeste de Goiás, realizou-se o mapeamento dessas feições em três escalas diferentes. Numa primeira abordagem, identificou-se dolinas prioritariamente por meio de trabalhos de campo em uma pequena área próxima à Gruna da Tarimba, e comparou-se os resultados com a análise visual de MDE’s gerados com dados ALOS-PALSAR e Veículo Aéreo Não Tripulado (VANT). Também foram detectadas de forma semi-automática depressões cársticas para escala abrangente, em toda a bacia do alto Rio Corrente com dados SRTM e ALOS-PALSAR. Por fim realizou-se o mapeamento de uma área significativa com o auxílio do VANT e detectou-se dolinas de forma automatizada em área central da APA-NRV, com vários sistemas de cavernas. Os resultados mostraram a importância da escolha adequada da base de dados, resolução e tamanho da área de abrangência. A partir dos resultados foi possível estabelecer as áreas mais carstificadas, tipologias mais usuais de dolinas e os principais processos atuantes na configuração do relevo local, com importante papel dos materiais e da dupla dinâmica erosiva, superficial e subterrânea.
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    Hidrogeoquímica dos Aquíferos da Região da APA Carste de Lagoa Santa, MG
    (2018-12-21) Vieira, Luisa costa Martins; Velasquez, Leila Nunes Menegasse; Dussin, Tânia Mara
    Este estudo, realizado na região da Área de Proteção Ambiental Carste de Lagoa Santa a norte de Belo Horizonte, visou a caracterização geoquímica das rochas e das águas subterrâneas com o intuito de auxiliar na posterior estruturação de um modelo hidrodinâmico e hidroquímico e na implantação de uma rede de monitoramento. Afloram na região e constituem os diferentes aquíferos três unidades litoestratigráficas principais: embasamento, representado pelo granito-gnaisse do Complexo Belo Horizonte, calcários recristalizados da Formação Sete Lagoas, que compõem o principal aquífero da região e é subdividida em Membro Pedro Leopoldo, inferior, formado por calcários finos e com intercalações pelíticas, e Membro Lagoa Santa, superior, com calcários grossos e essencialmente calcíticos, e pelitos da Formação Serra de Santa Helena no topo. Coletou-se amostras de águas de nascentes e poços, correspondentes à circulação rasa e profunda dos aquíferos, para análise química e os dados foram tratados estatisticamente e plotados em diagramas binários, ternários, Piper e Stiff para interpretação. Estas águas são predominantemente bicarbonatadas cálcicas, ocorrendo fácies bicarbonatadas mistas limitadas às águas do embasamento e bicarbonatada sódica relativa a colúvio. Estas últimas são facilmente distinguíveis das demais, assim como as associadas aos pelitos, pela composição química com baixa concentração de Ca2+, observada pela mediana (18,5 mg/L), e altas de Na+ (7,9 mg/L) – referentes apenas aos granitos - e Si4+ (35,5 mg/L). As misturas dos granitos com rochas do membro inferior e dos pelitos com os calcários puros mantêm a alta concentração de Si4+ (26,7 mg/L), mas aumentam as concentrações de Ca2+ (55,9 mg/L) devido a contribuição carbonática. As águas que circulam restritamente no Membro Lagoa Santa refletem a composição calcítica das rochas com concentrações maiores de Ca2+ (80,2 mg/L) e HCO3 - (243,4 mg/L) que as demais e baixas concentrações de Mg2+ (1,1 mg/L), Na+ (0,3 mg/L) e Si4+ (9,4 mg/L). A presença de intercalações pelíticas nos calcários impuros conferem às águas maiores concentrações de Mg2+ (3,2 mg/L), Na+ (1,6 mg/L) e Si4+ (14,5 mg/L), porém menores de Ca2+ (59,8 mg/L) e HCO3 - (205,0 mg/L) que o membro superior. A variabilidade faciológica deste membro permite a subdivisão em quatro tipos hídricos com concentrações de Ca2+ e Si4+ variadas, observados também nas cotas médias de entradas d’água e na produtividade dos poços desta unidade. A alta produtividade dos poços é conferida à hidroquímica passível a dissolução pela alta concentração de Ca2+ associada a porções mais puras das rochas, mas principalmente à localização próxima a zona de falhas e do contato litológico entre os membros, assim como a ocorrência das maiores vazões em cotas mais elevadas no Membro Pedro Leopoldo e mais baixas no Membro Lagoa Santa Já a circulação rasa, controlada principalmente pela intensidade dos processos de carstificação, apresenta maiores vazões nas rochas do membro superior. A Si4+ constitui, ainda, o principal indicativo de compartimentação horizontal e vertical dos aquíferos, com sua concentração aumentando em profundidade e de NW para SE e NE