Navegando por Autor "Oliveira, Gabriela Duarte de"
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Item Microestratigrafia e geomicrobiologia de espeleotemas: possível função microbiana na formação de pérolas de caverna e crostas subaquáticas na Gruta Lapa D’Água (Montes Claros/MG) e Gruta do Catão (São Desidério/BA)(2022) Oliveira, Gabriela Duarte de; Karmann, Ivo; Morais, LuanaCrostas subaquáticas e pérolas de caverna com diâmetro de até 30 centímetros ocorrem em zona de penumbra da Gruta do Catão (BA) e Gruta Lapa D’Água (MG), respectivamente. Os espeleotemas apresentam morfologia externa anômala e laminações irregulares semelhantes a estromatólitos. Este trabalho apresenta uma caracterização do ambiente de ocorrência, da estrutura macroscópica dos depósitos e sua microestratigrafia. Para cada microfácies foram individualizadas possíveis estruturas biogênicas, investigadas através demicroscopia petrográfica e microscopia eletrônica de varredura (MEV). Não foram encontrados microfósseis de bactérias formadoras de estromatólitos nas camadas micríticas, mas foram detectadas estruturas cristalinas relacionadas à biomineralização, e possíveis fósseis de cianobactérias nos poros da crosta subaquática. A caracterização química por catodoluminescência permitiu diferenciar quimicamente camadas micríticas com presença de material orgânico no cimento espático e as diferentes fases preenchendo os poros na crosta subaquática. Espectroscopia Raman [ER] foi realizada nas camadas mais opacas para a investigação da presença de matéria orgânica. Compostos moleculares foram caracterizados e foi possível diferenciar material orgânico de origem vadosa e àquele possivelmente relacionado à presença de microrganismos bentônicos in situ. Os espectros de ER possuem picos compatíveis com calcita, ácidos húmicos do solo, diferentes tipos de ácidos graxos e um deles apresenta sinal de querogênio (matéria orgânica alterada). A estrutura interna dos exemplares foi classificada de acordo com um guia de identificação de estromatólitos devido a sua semelhança com microbialitos. A caracterização dos espeleotemas em conjunto com idades U-Th previamente fornecidas permitiram a elaboração de modelos genéticos para espeleotemas únicos, e a sugestão do termo genético espeleomicrobialitos para caracterizá-los.