Percepção e Atuação de Condutores de Turismo sobre as Interações com Botos no Parque Nacional de Anavilhanas, Estado do Amazonas, Brasil
Data
2022
Orientador(es)
Coorientador(es)
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Página inicial
43
Página final
54
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Editor
Biodiversidade Brasileira – BioBrasil
Resumo
A identificação da percepção dos profissionais do turismo sobre os atrativos em áreas
protegidas e como estes atores atuam junto aos visitantes permite aos gestores a elaboração de
estratégias de manejo da visitação mais eficientes. Neste artigo discutimos aspectos da percepção
e da atuação de condutores de turismo sobre as interações com botos (Inia geoffrensis) no Parque
Nacional de Anavilhanas, Brasil. Utilizando um questionário semiestruturado, foram realizadas
entrevistas com 33 condutores locais de turismo. Todos os entrevistados eram do sexo masculino,
com faixa etária predominante de 38 a 47 anos (45,5%) e com ensino fundamental incompleto para a
maioria (21,2%). Além do idioma português, falado por todos os entrevistados, apenas 12 (36,36%)
condutores de turismo afirmaram falar outros idiomas. Antes de trabalharem como condutores de
turismo, os entrevistados atuavam em outras profissões, sendo pescador artesanal (18,2%) e agricultor
(12,1%) as mais citadas. Os temas ‘comportamento’ e ‘dieta’ (21,8%) são os mais abordados nas
explicações sobre os botos aos visitantes. A maioria dos entrevistados (90,9%) acredita que o turismo
com botos auxilia na preservação dos cetáceos, pois informações de conservação são fornecidas aos
visitantes e essa sensibilização ambiental pode contribuir para minimizar a caça destes animais cujas
carcaças são utilizadas na pesca da piracatinga (Calophysus macropterus). Os resultados contribuem
para o melhor entendimento do uso público no Parque Nacional de Anavilhanas e na formulação de
estratégias de gestão das interações turísticas com botos.