RAN
URI permanente desta comunidadehttps://bdc.icmbio.gov.br/handle/cecav/1401
Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Répteis e Anfíbios
Navegar
3 resultados
Resultados da Pesquisa
Item Estratégias de conservação contra ameaças à fauna(CiênciHoje, 2024-05) Vilaça, Tatiana AlvesBrasil, país tropical, bonito por natureza! A música de Jorge Ben Jor acerta ao destacar as belezas naturais do nosso país, as quais abrangem uma enorme riqueza de plantas, animais, fungos e microrganismos distribuídos ao longo de 8,5 milhões km², ocupando diferentes biomas, que perpassam desde formações florestais, como as da Mata Atlântica e da Amazônia, até as regiões secas da Caatinga e os alagados do Pantanal. Há, ainda, 3,5 milhões km² de costa marinha, com pântanos, estuários e recifes de corais. Em resumo, o Brasil detém, aproximadamente, 20% do total de espécies do mundo. A manutenção dessa riqueza enfrenta desafios associados ao crescimento econômico do país, que, por vezes, resulta em intensas alterações ambientais, decorrentes, sobretudo, da expansão urbana, da construção de obras de infraestrutura, do avanço do agronegócio e da exploração de recursos minerais. Dentre as principais consequências dessas atividades, está a redução das áreas de hábitat das espécies, o que se agrava quando se trata de espécies endêmicas – aquelas de distribuição restrita e que só utilizam um tipo de ambiente/hábitat. As mudanças do clima também têm gerado alerta entre pesquisadores e gestores públicos; principalmente, pela capacidade de promover alterações de grande extensão e intensidade, que podem levar à extinção de muitas dessas espécies. A relevância da conservação da biodiversidade está prevista na Constituição Federal (art. n° 225), que veda práticas que sujeitem as espécies a risco de extinção ou submetam os animais à crueldade. Essa preocupação ainda consta nos tratados internacionais assinados pelo Brasil, a exemplo da Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB), estabelecida na Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (CNUMAD), realizada no Rio de Janeiro em junho de 1992 (Rio 92).Item Perfil do Ecoturismo no Rio Araguaia(Biodiversidade Brasileira, 2022) Parrião, Fernanda Geórgia; Costa, Mariana Arcanjo; Martins, Patrícia; Bataus, Yeda Soares de Lucena; Silva Júnior, Otair Lourenço da; Balestra, Rafael Antônio MachadoO rio Araguaia nasce na Serra dos Caiapós, entre os estados de Mato Grosso e Goiás, inserido no bioma Cerrado. Na época de estiagem, suas praias são bastante procuradas para acampar. Neste estudo foram avaliados os dados do projeto “Ordenamento do Turismo e Ecoturismo no Rio Araguaia” implementado pelo Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Répteis e Anfíbios na região do médio rio Araguaia, compreendendo a Área de Proteção Ambiental Meandros do Rio Araguaia, Reserva Extrativista Lago do Cedro e Parque Nacional do Araguaia. Foram desenvolvidas as seguintes etapas: 1) levantamento dos dados obtidos a partir da aplicação de questionários aos turistas sobre as formas de uso de praias e dos ambientes circundantes; 2) desenvolvimento de um banco de dados; e 3) sistematização, análises e proposições. São apresentados neste artigo os resultados da avaliação dos 11 primeiros anos de execução do projeto, contemplando 1.913 questionários aplicados, relativos ao comportamento ambiental de campistas em praias do rio Araguaia, de um total de 4.697 acampamentos monitorados entre os anos de 2003 e 2012. Observou-se que os responsáveis pelos acampamentos, em sua maioria, são procedentes do estado de Goiás (89,70%), coadunando com o hábito goiano de acampar no Araguaia. De 1.746 (91,27%) questionários que contêm informações sobre o destino do lixo, verificou-se que 61,74% dos acampamentos optaram por atitudes positivas, como deixar o lixo na cidade mais próxima, enterrar às margens do rio somente o lixo orgânico, ou deixar para a prefeitura ou associação de barqueiros coletar. De 1.696 (88,66%) questionários que contêm informações sobre o material usado na estrutura dos acampamentos, observou-se que o uso da madeira nativa ocorreu de forma pouco expressiva (5,60%), sendo que a utilização de materiais adequados atingiu 81,66%. Este estudo indica que o projeto avaliado resultou em melhoria na relação da atividade turística e conservação dos recursos naturais do médio Araguaia, devendo suas ações e atividades serem incentivadas, continuadas e aprimoradas.Item Lagartos como espécies indicadoras para o monitoramento em uma unidade de conservação na Caatinga(2025) Flávia Regina de Queiroz Batista; Aline Richter; Bruna Arbo Menezes; Paula Ribeiro Anunciação; Hugo Bonfim de Arruda Pinto; Arnaldo José Correia Magalhães Júnior; Paulo de Marco Júnior; Lara Gomes CôrtesDurante nove anos, foi realizado o monitoramento de lagartos na Estação Ecológica Raso da Catarina abrangendo as fitofisionomias de caatinga arbórea e caatinga arbórea-arbustiva. Testamos e aperfeiçoamos um protocolo de monitoramento a ser integrado à caixa de ferramentas do Programa Monitora. Este estudo buscou responder a questões cruciais para viabilizar o monitoramento de lagartos em áreas protegidas através deste programa, incluindo a identificação da composição de espécies e aquelas que funcionam como indicadoras para o protocolo proposto. Os principais objetivos buscaram responder: (1) se existiam comunidades características de cada fitofisionomia; (2) se havia espécies indicadoras específicas para essas fitofisionomias; e (3) se houve variação na dinâmica populacional das espécies indicadoras ao longo dos anos. Para tanto, foi utilizado o método de captura com a utilização de armadilhas de interceptação e queda (pitfall-traps) para levantamento de espécies em campo. Foram utilizados modelos lineares generalizados mistos para avaliar se existiam diferenças na riqueza e na abundância das fitofisionomias estudadas. Para avaliar a diferença na composição entre as fitofisionomias, utilizamos uma análise multivariada permutacional de variância(PERMANOVA) usando matrizes de distância.