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Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Aves Silvestres

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    A Integração entre Diferentes Instituições e Setores da Sociedade para o Conhecimento da Biologia e a Conservação do Criticamente Ameaçado Aracuã-guarda-faca (Ortalis remota Pinto, 1960)
    (Biodiversidade Brasileira, 2023) Aguiar, Albert G. de; Lagos, Adriano R.; Bovo, Alex A. A.; Freitas, Freitas; Gussoni, Carlos O. A.; Silva, Marco A. G.; Bernardo, Matheus A. M.; Franchin, Alexandre G.; Lanna, Rafael Fiúza; Cassani, Rafael; Cardoso, Clarice A. C.; Manzano, Felipe V.; Diniz, Mauro G.; Gomes, Henrique Belfort; Barbosa, Antônio E. A.; Lo, Vincent K.; Ferraz, Katia M. P. M. B.; Develey, Pedro F.
    O Brasil é um dos países megadiversos reconhecidos pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA). Para preservar essa biodiversidade diversas estratégias têm sido assumidas, e uma das principais vêm das políticas públicas: os planos de ação nacional para a conservação de espécies ameaçadas de extinção (PANs). No PAN das Aves da Mata Atlântica diversos atores participam do planejamento e na execução das ações para a conservação de diversas espécies ameaçadas que ocorrem no bioma, como o aracuã-guarda-faca(Ortalis remota, Pinto, 1960), criticamente ameaçado em nível nacional. Para garantir a conservação dessa espécie, órgãos ambientais, empresas privadas, organizações não-governamentais e universidades uniram esforços para realizar estudos sobre sua distribuição, o que gerou um modelo de distribuição usado para buscas por novas populações e, que permitiu também a priorização das áreas destinadas à conservação da espécie. Este trabalho resultou na identificação de 266 indivíduos restritos às florestas ripárias remanescentes, aumentando a população conhecida da espécie para 13 municípios, exclusivos ao estado de São Paulo. Além das informações obtidas que irão embasar novas ações para promover a conservação do aracuã-guarda-faca, este estudo mostra a importância da integração dos diferentes setores da sociedade para efetivação dos PANs
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    Métodos para Avaliação da Exposição a Poluentes Plásticos em Procellariiformes: Revisão e Padronização de Protocolos
    (Biodiversidade Brasileira, 2021) Gallo, Luciana; Uhart, Marcela; Pereira, Alice; Serafini, Patrícia Pereira
    A presença de resíduos antropogênicos em águas oceânicas e sua ingestão por aves marinhas tem sido alvo de um crescente número de estudos. Os Procellariiformes são particularmente suscetíveis à ingestão de plástico, uma vez que se alimentam preferencialmente de pequenas presas na superfície da água, onde os plásticos tendem a flutuar e se acumular. Após revisão bibliográfica e aplicação prática de técnicas em campo e laboratório, apresentamos um protocolo padronizado de amostragem para a avaliação da ingestão de plásticos por Procellariiformes que inclui recomendações para opções de tipos e fontes de amostras, além de adaptações à coleta para atender a diversos objetivos de pesquisa. As amostras podem ser coletadas de animais mortos oriundos da captura incidental em atividades de pesca; encalhes de praia; aves mortas nas colônias ou centros de reabilitação; animais vivos em colônias ou centros de reabilitação; ou amostragem não invasiva por meio das fezes, bolos alimentares e ovos não eclodidos. Além disso, sugerimos tipos de análises possíveis, materiais necessários e rotinas de limpeza para evitar a contaminação durante a coleta e processamento. O uso de protocolos padronizados aumenta a consistência, comparabilidade e a reprodutibilidade, permitindo comparações entre estudos em escalas temporais e espaciais diferenciadas.
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    Prevalência e Tipos de Plásticos em Albatrozes e Petréis (Aves: Procellariiformes): Recorte Espacial da Costa Sudeste e Sul do Brasil, de 2015 a 2019
    (Biodiversidade Brasileira, 2022) Nascimento, Gabriel D. do; Pereira, Alice; Brito, Guilherme R. R.; Kolesnikovas, Cristiane K. M.; Serafini, Patricia Pereira
    A ordem Procellariiformes reúne grande número de espécies ameaçadas de extinção, e sua diversidade no Brasil implica responsabilidades para a conservação. Ameaças como a ingestão de plásticos impactam negativamente os albatrozes e petréis em nível global. Assim, realizamos a quantificação e classificação de resíduos poliméricos em espécimes de Procellariiformes encontrados em praias de Florianópolis ou capturados incidentalmente na pesca industrial no sul e sudeste do Brasil. Foram analisados tratos digestórios de 44 espécimes pertencentes a nove espécies. Para identificação da localização dos itens ingeridos, o trato digestivo foi separado em três porções – esôfago, proventrículo e ventrículo. Os resíduos > 5mm foram medidos e classificados em “fragmentos plásticos”, pellets, nylon e outros. Macroplásticos foram encontrados em 13 indivíduos de seis espécies das famílias Diomedeidae e Procellariidae. Procellaria aequinoctialis apresentou as maiores frequências de macroplástico (80%) dos espécimes analisados. No geral, os fragmentos plásticos foram o tipo de resíduo mais frequente. O ventrículo foi a porção do trato digestório com maior quantidade de macroplástico. Evidências deste estudo reforçam que Procellariiformes estão consumindo plástico no Atlântico Sul. A quantificação, o monitoramento e a padronização de análises são importantes para subsidiar e orientar medidas de manejo e a implementação da Política Nacional de Resíduos Sólidos, visando a conservação dos ambientes marinhos e fauna associada.
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    Como Realizar a Gestão de um Projeto de Alto Risco? O Relato da Repatriação das Ararinhas-azuis ao Brasil
    (Biodiversidade Brasileira, 2021) Lugarini, Camile; Vercillo, Ugo Eichler
    A gestão de projetos envolve diferentes ferramentas de planejamento e engajamento da equipe, com objetivo de apresentar as entregas dentro do prazo e com custo reduzido (eficiência). No mundo complexo atual, em que a mudança é a regra, o valor agregado do produto se torna cada vez mais importante, num contexto em que a eficácia é mais importante que a eficiência. Para projetos envolvendo a conservação da biodiversidade se busca utilizar diferentes ferramentas para a sua execução. Neste contexto, o Plano de Ação Nacional para a Conservação da Ararinha-azul (Cyanopsitta spixii) é um dos que tem maior visibilidade no Brasil, por contemplar uma espécie bandeira possivelmente extinta na natureza. Neste relato apresentam-se os resultados de um projeto executado com sucesso: Plano de Pouso para a realização da repatriação de 52 ararinhas-azuis. O modelo de gestão adotado foi tradicional, com algumas abordagens da gestão ágil de projetos, especialmente no que concerne à entrega de produtos de valor para os stakeholders, sem a necessidade de gerar planejamentos e documentação excessivos. Em 03 de março de 2020, as ararinhas-azuis voltaram à Caatinga, ainda em situação de cativeiro, mais um grande passo para voltarem a voar livres.
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    A Conservação da Ararinha-azul, Cyanopsitta spixii (Wagler, 1832): Desafios e conquistas
    (Biodiversidade Brasileira, 2021) Lugarini, Camile; Vercillo, Ugo Eichler; Purchase, Cromwell; Watson, Ryan
    A ararinha-azul (Cyanopsitta spixii) é o único representante do seu gênero e hoje é considerada provavelmente extinta na natureza. O manejo ex situ é prioridade na estratégia de conservação desde o início da década de 90, sendo um exemplo de parceria público-privada de sucesso. Em 2017, finalmente, a população cativa alcançou a estabilidade com 152 indivíduos, possibilitando planejar as ações de reintrodução. Além disso, duas unidades de conservação foram criadas para propiciar a recuperação da espécie no ambiente natural, e, em 2020, 52 ararinhas-azuis foram repatriadas para um Centro de Reprodução e Reintrodução no interior do Refúgio de Vida Silvestre da Ararinha Azul. Aproximadamente 20 ararinhas-azuis estão em adaptação para o início da reintrodução e restabelecimento da população na área de distribuição histórica. Estamos perto de devolver a espécie para o seu ambiente natural, de onde nunca deveria ter sido extirpada.