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    O fogo e a herpetofauna no Pantanal
    (Biodiversidade Brasileira, 2024) Valencia-Zuleta, Alejandro; Richter, Aline; Alvarenga, Gabriela do Valle; Batista, Flavia Regina de Queiroz; Moreira, Leonardo Felipe Bairos; Arbo-Meneses, Bruna; Lustosa, Ana Paula Gomes; Strüssmann, Christine; Abrahão, Carlos Roberto; Côrtes, Lara Gomes
    O Pantanal vem sofrendo diferentes ameaças ao longo dos anos, as quais têm alterado suas paisagens e prejudicado o pulso de inundação. Desde 2020, uma das maiores preocupações relativas à conservação de biodiversidade do bioma é a mudança do regime de fogo e os impactos dos grandes incêndios. O aumento na frequência e na intensidade de incêndios é uma das ameaças apontadas pela ciência como causa de declínio mundial das populações de anfíbios e répteis. O objetivo principal deste trabalho foi descrever os padrões observados na composição, distribuição e história natural das espécies de répteis e anfíbios amostrados durante e após os eventos de incêndio que vêm afetando o Pantanal desde 2020. Além disso, apontamos as dificuldades enfrentadas para estimar o impacto do fogo sobre a herpetofauna local e sugerimos aprimoramentos da metodologia utilizada. Os dados foram obtidos durante seis expedições, realizadas entre 2020 e 2023, em momentos hidrológicos distintos (seca e vazante) e em diferentes circunstâncias de amostragem: emergência e monitoramento. Emergência compreende os registros feitos durante eventos de incêndio e consistiu na contagem de animais mortos; enquanto o monitoramento, aplicado em momentos sem fogo, consistiu na amostragem passiva e ativa de animais vivos. Para cada espécie registrada durante as amostragens buscamos na literatura informações complementares sobre a categoria de risco de extinção, habitat e hábitos. Considerando as expedições e as diferentes metodologias aplicadas, contabilizamos 1708 registros de 45 espécies nos municípios de Barão de Melgaço e Poconé. A riqueza e abundância de anfíbios e répteis responderam de formas diferentes em campanhas emergenciais e no monitoramento. Os anfíbios de grande porte com hábitos terrestres ou semifossoriais, assim como as serpentes aquáticas e semiaquáticas, foram os grupos com maior número de carcaças registradas após os incêndios. Durante o monitoramento, entretanto, avistamentos de serpentes aquáticas foram muito reduzidos. Nesse contexto, destacamos a importância de estudos de monitoramento de longo prazo com metodologias adequadas às condições hidrológicas, grupo taxonômico e ocorrência de incêndios. Helicops boitata, uma espécie de cobra d’água endêmica do Pantanal, foi registrada apenas durante a campanha de contagem de animais mortos nos incêndios de 2020, realizada na estação seca. A recorrência de grandes incêndios na região pode representar forte ameaça para essa e outras espécies com hábitos semelhantes. O monitoramento contínuo de áreas amostradas durante incêndios é de extrema importância para identificar espécies resilientes ou intolerantes ao fogo e fundamental para o desenvolvimento de medidas de conservação adequadas para cada grupo taxonômico.
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    Avaliação do risco de extinção do jacaré-de-papo-amarelo Caiman latirostris (Daudin, 1802) no Brasil.
    (Biodiversidade Brasileira, 2013) Coutinho, Marcos E.; Marioni, Boris; Farias, Izeni Pires; Verdade, Luciano M.; Bassetti, Luís; Mendonça, Sônia H. S. T. de; Vieira, Tiago Quaggio; Magnusson, William E.; Campos, Zilca
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    Avaliacão do risco de extincão do jacaré-paguá Paleosuchus palpebrosus (Cuvier, 1807) no Brasil.
    (Biodiversidade Brasileira, 2013) Campos, Zilca Maria da Silva; Boris, Marioni,; Farias, Izeni; Verdade, Luciano Martins; Bassetti, Luíz; Coutinho, Marcos Eduardo; Mendonça, Sônia H S T de; Vieira, Tiago Quaggio; Magnusson, William Ernest
    O risco de extinção de Paleosuchus palpebrosus foi avaliado de acordo com os critérios da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN 2001, 2003), com base nos dados disponíveis até 2011. A espécie ocorre em dez países da América do Sul, porém a maior parte de sua distribuição está no Brasil, onde sua extensão de ocorrência (EOO) foi calculada em 7.282.346,5 km2. Acredita-se que a área de ocupação (AOO) seja maior que 20.000km2. Ocorre naturalmente em baixas densidades, ocupando ambientes de veredas, riachos, cabeceiras de rios e floresta inundada. Embora a espécie enfrente ameaças da caça, oriunda de conflitos com moradores ribeirinhos, e fragmentação, modificação e perda de habitats, causadas por diversas atividades humanas, em especial construção de hidrelétricas, acredita-se que a espécie não tenha sofrido redução populacional significativa, sendo categorizada como Menos Preocupante (LC). Ainda assim, a conservação da espécie é dependente da manutenção de áreas de preservação permanente, tanto de rios como de riachos, nascentes e veredas, e da conectividade hidrológica nesses ambientes. Há contato com populações dos países vizinhos, porém não se sabe se há mudanças significativas para justificar uma alteração indicada na avaliação brasileira.
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    Avaliacão do risco de extincão do jacaré-do-pantanal Caiman yacare (Daudin, 1802) no Brasil.
    (Biodiversidade Brasileira, 2013) Farias, Izeni Pires; Marioni, Boris; Verdade, Luciano Martins; Bassetti, Luis Antonio Bochetti; Coutinho, Marcos E.; Mendonça, Sônia H. S. T. de; Vieira, Tiago Quaggio; Magnusson, William Ernest; Campos, Zilca
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    Avaliacão do risco de extincão do jacaré-coroa Paleosuchus trigonatus (Schneider, 1801) no Brasil.
    (Biodiversidade Brasileira, 2013) Campos, Zilca; Marioni, Boris; Farias, Izeni; Verdade, Luciano M.; Bassetti, Luiz; Coutinho, Marcos E.; de Mendonça, Sônia H. S. T.; Vieira, Tiago Quaggio; Magnusson, Willian E.
    O risco de extinção de Paleosuchus trigonatus foi avaliado de acordo com os critérios da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN 2001, 2003), com base nos dados disponíveis até 2011. A espécie é encontrada em grande parte da Amazônia brasileira e em outros nove países da América do Sul. Sua extensão de ocorrência (EOO) no Brasil é de 3.339.916,7 km2 e acredita-se que a área de ocupação (AOO) seja maior que 20.000 km2 . A espécie enfrenta ameaças como fragmentação de habitats, causada pelo desmatamento de áreas de preservação permanente e perda de conectividade de rios e pequenos riachos, além da caça, tanto de subsistência como oriunda de conflitos com pescadores e moradores de vilas, assentamentos e cidades. Apesar dessas ameaças, acredita-se que até o momento não tenha sofrido redução populacional significativa, sendo categorizada como Menos Preocupante (LC). Ainda assim, a conservação da espécie é dependente da manutenção da conectividade dos seus habitats amazônicos. Há contato com populações dos países vizinhos, porém não se sabe se há mudanças significativas em dados populacionais para justificar uma alteração na categoria indicada na avaliação brasileira.
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    Avaliacão do risco de extincão do jacaré-açu Melanosuchus niger (Spix, 1825) no Brasil.
    (Biodiversidade Brasileira, 2013) Marioni, Boris; Farias, Izeni; Verdade, Luciano M.; Bassetti, Luís; Coutinho, Marcos E.; Mendonça, Sônia H. S. T. de; Vieira, Tiago Quaggio; Magnusson, William E.; Campo, Zilca
    O risco de extinção de Melanosuchus niger foi avaliado de acordo com os critérios da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN 2001, 2003), com base nos dados disponíveis até 2011. A espécie é encontrada exclusivamente na bacia Amazônica, onde tem ampla distribuição. Ocorre em sete países da América do Sul, sendo a maior parte em território brasileiro. Sua extensão de ocorrência (EOO) no Brasil é calculada em 4.265.277,2 km2 e vários dados indicam que a área de ocupação (AOO) é bem maior que 20.000 km2. A espécie ocupa ampla diversidade de áreas alagáveis, incluindo os grandes rios e suas lagoas marginais, várzeas e igapós, além de savanas sazonais inundáveis. Embora possa ser afetada pela perda de habitat e caça, acredita-se que a espécie não tenha sofrido redução populacional significativa, sendo categorizada como Menos Preocupante (LC). Há conectividade com populações dos países vizinhos, porém não se sabe se há trocas significativas que justifiquem uma alteração na categoria indicada na avaliação brasileira.
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    Roteiro para Inventários e Monitoramentos de Quelônios Continentais
    (Biodiversidade Brasileira, 2016) Balestra, Rafael Antônio Machado; Valadão, Rafael Martins; Vogt, Richard Carl; Bernhard, Rafael; Ferrara, Camila Rudge; Brito, Elizângela Silva; Arias, Robinson Botero; Malvásio, Adriana; Lustosa, Ana Paula Gomes; Souza, Franco Leandro de; Drummond, Gláucia Moreira; Bassett, Luis Antônio Bochetti; Bernhard, Rafael; Lustosa, Ana Paula Gomes; Souza, Franco Leandro de; Drummond, Gláucia Moreira; Bassetti, Luis Antônio Bochetti; Coutinho, Marcos Eduardo; Ferreira Junior, Paulo Dias; Campos, Zilca Maria da Silva; Mendonça, Sônia Helena Santesso Teixeira de; Rocha, João da Mata Nunes; Luz, Vera Lúcia Ferreira
    Em razão da falta de material específico de consulta que consolide as principais referências científicas e o acúmulo do conhecimento técnico sobre as metodologias de amostragem, coleta e análise de dados relativos aos quelônios continentais brasileiros, materializou-se este trabalho, há muito almejado pela sociedade interessada no assunto. Houve um grande esforço para compatibilizar metodologicamente as particularidades das espécies e ambientes em áreas com lacunas de amostragem, cujos parâmetros se adequam prioritariamente aos inventários e, em áreas com ocorrência conhecida de espécie(s) alvo de estudos de maior duração, aos monitoramentos populacionais. Sendo assim, essencialmente, este guia metodológico ou manual técnico inédito se constitui em roteiros de procedimentos fundamentados pela consolidação do estado da arte do conhecimento técnico-científico e pelas perspectivas, harmonizadas, dos principais grupos de pesquisa e entidades conservacionistas que atuam com esses animais. Essa iniciativa é oportuna, pois favorecerá a tão esperada padronização instrumental e analítica, segundo orientações validadas pelas experiências práticas dos autores, a serem adotados de forma consonante por diversas instituições ou grupos de pesquisa. Em consequência, poder-se-á integrar diferentes bancos de dados, compilar informações de séries históricas de dados de projetos correlatos, e assim, desenvolver análises comparativas das variáveis decorrentes dos componentes de pesquisa e conservação realizados de forma sistematizada por espécie, família, região, bioma etc., por meio de diferentes fontes de informação. E ainda, esta publicação tem o propósito de estimular a realização de estudos de caracterização do estado de conservação do grupo animal foco, especialmente em áreas protegidas, por meio da promoção de pesquisas básicas relativas à dinâmica de suas populações
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    Marcador de DNA mitocondrial para estudos genético-populacionais de Tartaruga-da-amazônia (Podocnemis expansa Schweigger, 1812) a partir de material biológico de coleta pouco invasiva.
    (Biodiversidade Brasileira, 2022) Agostini, Maria Augusta Paes; Rocha, Bárbara Beatriz de Sousa; Balestra, Rafael Antônio Machado; Paiva, Samuel Rezende
    Os quelônios são animais de vida longa e poucos dos seus indivíduos chegam à fase adulta. Além da baixa taxa natural de recrutamento, diversas ações antrópicas vêm dificultando a manutenção das populações desse grupo. A exploração desordenada para abastecer o comércio ilegal vem se mostrando a mais danosa, principalmente em Podocnemis expansa, por ser uma espécie bastante apreciada na culinária amazônica, e muito vulnerável no período reprodutivo, época de maior captura. Seu histórico de exploração causou desequilíbrio populacional em diversas localidades na Amazônia, como pôde ser verificado durante as quase três décadas de monitoramento em importantes sítios de desova em unidades de conservação do rio Araguaia. O presente estudo desenvolveu marcadores moleculares com o objetivo de testá-los e compará-los com primers já utilizados, além de avaliar a diversidade genética e a estruturação populacional de P. expansa na bacia Tocantins-Araguaia. Para isso, foi coletado tecido cutâneo de 120 espécimes amostrados em três localidades no médio e submédio rio Araguaia, comparados com sequências do DNA mitocondrial de 22 localidades. A região controle do DNA mitocondrial de P. expansa é de difícil amplificação, sendo que o par de primers de outros estudos não amplificou com o material biológico utilizado neste trabalho, mostrando a eficiência do marcador molecular confeccionado. A utilização desses primers facilitará a amostragem em campo, pois, apesar de o tecido cutâneo conferir menor quantidade de DNA extraído quando comparado ao tecido sanguíneo, sua coleta como material biológico pode ser aplicada de forma mais simples, ampla e frequente em projetos de pesquisa e programas de monitoramento e manejo de quelônios, facilitando as pesquisas genéticas com esses animais. Quanto à avaliação genética, foi caracterizada panmixia na bacia Tocantins-Araguaia e baixa diversidade genética, concordando com dados da espécie. Caso as estratégias de conservação não sejam eficientes para reverterem um provável processo de deriva genética, poderão ocorrer prejuízos populacionais significativos, notadamente quanto às questões adaptativas da espécie.
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    Por que a Iniciação Científica é essencial?
    (Biodiversidade Brasileira, 2022-01) Abrahão, Carlos R; Brandao, Reuber; Bezerra, Fernanda De Araújo
    Editorial Por que a Iniciação Científica é essencial? A ciência brasileira passa, neste momento, por um dos maiores desafios de sua história. Cortes nos investimentos para a pesquisa, o declínio nas oportunidades de colocação no mercado de trabalho e o conspícuo desinteresse na formação de cientistas qualificados têm corroído a esperança de muitos estudantes e jovens pesquisadores. Parece que o formidável sonho da construção de carreira científica sólida, visando o crescimento e desenvolvimento do Brasil, se torna cada vez menos palpável para os jovens. Menos palpável também é a expectativa de o Brasil se tornar gigante em conhecimento, ciência e tecnologia. No entanto, a história da Ciência é repleta de luta, superação e empenho. Nesse aspecto, o estudo da biodiversidade, no mais biodiverso país deste magnífico geoide azul, é extremamente estratégico. Entender a biodiversidade nacional, especialmente a protegida nas unidades de conservação, significa aplicar milhões de anos de evolução natural no desenvolvimento de novas biotecnologias, alimentos, medicamentos e outros produtos. A vocação do Brasil é se tornar gigante em biotecnologia. Nesse aspecto, incentivar a juventude e valorizar a iniciação científica é basilar no planejamento de futuro para o Brasil. Reafirmar nos jovens o amor pela biodiversidade brasileira e pela nossa ciência é reafirmar o amor pela nossa nação e seus valores. Amar a biodiversidade brasileira é um ato extremo de patriotismo, e a natureza é nossa redenção das amarras do desconhecimento. Com isso, temos o imenso prazer em apresentar esta edição da Biodiversidade Brasileira (BioBrasil), dedicado aos estudos de Iniciação Científica desenvolvidos no âmbito do programa de Iniciação Científica do ICMBio. Entendemos que contribuir com a formação desses estudantes, interessados em aprender e desenvolver ciência no país, é parte fundamental na solução dos muitos problemas atuais e futuros, especialmente na área ambiental, enfrentados hoje pela sociedade. Ao colocar alunos em contato com profissionais que atuam diretamente na resolução desses problemas, permitimos que as sementes de curiosidade e juventude cresçam no solo fértil dos diversos segmentos nos quais o ICMBio atua. Essa interação é capaz de prover soluções inovadoras para o complexo desafio da conservação da biodiversidade. Esta edição especial do PIBIC traz os frutos de pesquisas ocorridas entre 2019 e 2020. As pesquisas serviram não apenas para iniciar carreiras científicas nos rincões mais isolados do país, mas também para subsidiar gestores e tomadores de decisão que praticam a conservação no seu trabalho rotineiro. Estas pesquisas são valiosas para o ICMBio, ao mesmo tempo em que são insubstituíveis na formação desses estudantes, no desenvolvimento de inúmeras instituições de ensino e para o futuro brilhante desta nação. Ficamos felizes em entregar ao ICMBio e a toda a comunidade científica esta edição especial, como uma luz de esperança na pesquisa, na conservação da biodiversidade brasileira e no amanhã deste maravilhoso país.
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    Assessing Pantanal fauna through environmental DNA metabarcoding after the 2020 megafire
    (Biodiversidade Brasileira, 2024) Luanne Helena Augusto Lima; Marcelo Magioli; Bruno H. Saranholi; Henrique Villas Boas Concone; Lara Gomes Côrtes; Christian Niel Berlinck
    The environmental DNA (eDNA) metabarcoding is a methodology that, from environmental samples such as soil, water, air, and others, enables the simultaneous identification of multiple species, thus allowing for large-scale mapping of biological diversity in a specific study area. Due to its non-invasive sampling approach, where species are detected from the traces they leave in the environment, eliminating the need to isolate and capture organisms, eDNA metabarcoding emerges as a valuable tool in conservation strategies. This study aims to explore the use of eDNA methodology for biodiversity monitoring and environmental impact assessment caused by the 2020 megafire in the Pantanal of Brazil, focusing on vertebrates. Environmental samples were collected at two protected areas and their surrounding areas, Taiamã Ecological Station (TES) and Pantanal Matogrossense National Park (PMNP), Mato Grosso, Brazil. We identified in TES, 27 mammals, 56 fishes, 12 birds, 4 amphibians, and 4 reptiles, while in PMNP, 43 mammals, 45 fishes, 126 birds, 19 amphibians, and 11 reptiles. Soil sampling proved to be more efficient compared to water sampling: 26 species were exclusively identified in soil samples, while 9 were attributed to water samples. Here, we demonstrated that the primer 12SV5 only a superior efficacy in identifying mammal and herpetofauna species compared to the other markers used (16Smam and MiBird). Moreover, we confirmed the complementary role of eDNA alongside camera trapping, and its advantage to estimate species richness with a single field expedition. We stress the need to optimize sample collection methods for the target group and to reduce the influence of contamination and water flow. This study highlights the importance of eDNA methodology as a crucial tool for biodiversity monitoring and environmental impact assessment, enabling rapid access to biodiversity and long-term monitoring.