Livros e Publicações
URI permanente para esta coleçãohttps://bdc.icmbio.gov.br/handle/cecav/1481
Navegar
Item Distance sampling surveys reveal 17 million vertebrates directly killed by the 2020’s wildfres in the Pantanal, Brazil.(Scientifc Reports, 2021-12) Tomas, Walfrido Moraes; Berlinck, Christian Niel; Chiaravalloti, Rafael Morais; Faggioni, Gabriel Paganini; Strüssmann, Christine; Libonati, Renata; Abrahão, Carlos Roberto; Alvarenga, Gabriela do Valle; Bacellar, Ana Elisa de Faria; Batista, Flávia Regina de Queiroz; Bornato, Thainan Silva; Camilo, André Restel; Castedo, Judite; Fernando, Adriana Maria Espinóza; Freitas, Gabriel Oliveira de; Garcia, Carolina Martins; Gonçalves2, Henrique Santos; Guilherme, Mariella Butti de Freitas; Layme, Viviane Maria Guedes; Lustosa, Ana Paula Gomes; Oliveira, Ailton Carneiro De; Oliveira, Maxwell da Rosa; Pereira, Alexandre de Matos Martins; Rodrigues, Julia Abrantes; Semedo, Thiago Borges Fernandes; Souza, Rafael Augusto Ducel de; Tortato, Fernando Rodrigo; Viana, Diego Francis Passos; Vicente‑Silva, Luciana; Morato, RonaldoAnthropogenic factors have significantly influenced the frequency, duration, and intensity of meteorological drought in many regions of the globe, and the increased frequency of wildfires is among the most visible consequences of human-induced climate change. Despite the fire role in determining biodiversity outcomes in different ecosystems, wildfires can cause negative impacts on wildlife. We conducted ground surveys along line transects to estimate the first-order impact of the 2020 wildfires on vertebrates in the Pantanal wetland, Brazil. We adopted the distance sampling technique to estimate the densities and the number of dead vertebrates in the 39,030 square kilometers affected by fire. Our estimates indicate that at least 16.952 million vertebrates were killed immediately by the fires in the Pantanal, demonstrating the impact of such an event in wet savanna ecosystems. The Pantanal case also reminds us that the cumulative impact of widespread burning would be catastrophic, as fire recurrence may lead to the impoverishment of ecosystems and the disruption of their functioning. To overcome this unsustainable scenario, it is necessary to establish proper biomass fuel management to avoid cumulative impacts caused by fire over biodiversity and ecosystem services.Item O fogo e a herpetofauna no Pantanal(Biodiversidade Brasileira, 2024) Valencia-Zuleta, Alejandro; Richter, Aline; Alvarenga, Gabriela do Valle; Batista, Flavia Regina de Queiroz; Moreira, Leonardo Felipe Bairos; Arbo-Meneses, Bruna; Lustosa, Ana Paula Gomes; Strüssmann, Christine; Abrahão, Carlos Roberto; Côrtes, Lara GomesO Pantanal vem sofrendo diferentes ameaças ao longo dos anos, as quais têm alterado suas paisagens e prejudicado o pulso de inundação. Desde 2020, uma das maiores preocupações relativas à conservação de biodiversidade do bioma é a mudança do regime de fogo e os impactos dos grandes incêndios. O aumento na frequência e na intensidade de incêndios é uma das ameaças apontadas pela ciência como causa de declínio mundial das populações de anfíbios e répteis. O objetivo principal deste trabalho foi descrever os padrões observados na composição, distribuição e história natural das espécies de répteis e anfíbios amostrados durante e após os eventos de incêndio que vêm afetando o Pantanal desde 2020. Além disso, apontamos as dificuldades enfrentadas para estimar o impacto do fogo sobre a herpetofauna local e sugerimos aprimoramentos da metodologia utilizada. Os dados foram obtidos durante seis expedições, realizadas entre 2020 e 2023, em momentos hidrológicos distintos (seca e vazante) e em diferentes circunstâncias de amostragem: emergência e monitoramento. Emergência compreende os registros feitos durante eventos de incêndio e consistiu na contagem de animais mortos; enquanto o monitoramento, aplicado em momentos sem fogo, consistiu na amostragem passiva e ativa de animais vivos. Para cada espécie registrada durante as amostragens buscamos na literatura informações complementares sobre a categoria de risco de extinção, habitat e hábitos. Considerando as expedições e as diferentes metodologias aplicadas, contabilizamos 1708 registros de 45 espécies nos municípios de Barão de Melgaço e Poconé. A riqueza e abundância de anfíbios e répteis responderam de formas diferentes em campanhas emergenciais e no monitoramento. Os anfíbios de grande porte com hábitos terrestres ou semifossoriais, assim como as serpentes aquáticas e semiaquáticas, foram os grupos com maior número de carcaças registradas após os incêndios. Durante o monitoramento, entretanto, avistamentos de serpentes aquáticas foram muito reduzidos. Nesse contexto, destacamos a importância de estudos de monitoramento de longo prazo com metodologias adequadas às condições hidrológicas, grupo taxonômico e ocorrência de incêndios. Helicops boitata, uma espécie de cobra d’água endêmica do Pantanal, foi registrada apenas durante a campanha de contagem de animais mortos nos incêndios de 2020, realizada na estação seca. A recorrência de grandes incêndios na região pode representar forte ameaça para essa e outras espécies com hábitos semelhantes. O monitoramento contínuo de áreas amostradas durante incêndios é de extrema importância para identificar espécies resilientes ou intolerantes ao fogo e fundamental para o desenvolvimento de medidas de conservação adequadas para cada grupo taxonômico.